terça-feira, 29 de abril de 2008

Hard Candy pelo UOL

Madonna lança "Hard Candy", disco tão colorido, saboroso e enjoativo quanto uma loja de doces


MARCELO NEGROMONTE

Editor de Entretenimento do UOL


Em "Hard Candy", 11° e último álbum que Madonna lança nesta segunda (28) pela Warner, a cantora é acompanhada por uma espécie de "dream team" de produtores e colaboradores, todos eles familiarizados ao topo das paradas dos EUA e do mundo. É uma atitude inédita.

Justo no último, Madonna divide pela primeira vez os créditos de um disco com performers como ela: Justin Timberlake (canta e produz), Timbaland, Pharrell Williams (dos Neptunes e N.E.R.D.), Nate "Danja" Hills e Kanye West (que canta em "Beat Goes On"). Depois de ter álbuns produzidos por nomes underground europeus, que ajudaram a dar o aspecto "pop de vanguarda" à mãe de Lola, como William Orbit, Mirwaïs e Stuart Price, Madonna vai agora "pras cabeças" --ou o que teoricamente há de melhor no mainstream norte-americano--, o que soa mais como uma nova brincadeira para ela do que uma aposta de fato.

"Hard Candy" seria um disco à frente de seu tempo em 2002, apontaria o espírito dos anos 2000. Em 2008, o álbum cumpre o que promete: faz dançar, com discothèque, hip hop, funk, vozes processadas, tudo cirurgicamente embalado no ProTools. É um "Confessions on the Dancefloor", sem as "confessions", sem aquele fiapo de espiritualidade, que fora mais espesso em "Ray of Light" (1998).

A era desses superprodutores parece chegar ao fim com esse álbum e com essa década: idéias repetidas, "assinaturas" que se tornam pastiche deles mesmos, um déjà-vu pop, ainda que seja evidente a presença da mão experiente de Madonna em todas as músicas.

Há uma diferença em ser convidado por Madonna para produzir e compor músicas do disco dela e ser convocado para turbinar carreiras de clientes como Nelly Furtado e Britney Spears, ambas tributárias de Madonna --"ela não é eu/ ela não tem o meu nome/ ela nunca terá o que eu tenho", canta Madonna, em contexto diverso, em "She's Not Me", com forte sabor Chic.

É possível apontar, sem nem ler os créditos, quais músicas são produzidas por Timbaland e Pharell Williams, por exemplo. E isso é um risco em uma via de mão dupla. Se se torna um material claramente de autoria desses produtores, também é material de Madonna, que confere, por sua vez, sua imagem poderosa, a imagem do Mickey da música, a esses produtores. Em vez de "reinvenções", Madonna agora engole de volta o pop que ajudou a forjar.

E esse amálgama de personalidades, de "divas", como ela disse, resulta no disco mais dançante e pop desde "Music" (2000). "Incredible", por exemplo, é uma "típica Pharell", com vocais quebrados e estrutura "heterodoxa", o que representa uma espécie de ponto de inflexão na carreira de Madonna, que nunca havia dividido os holofotes com ninguém em disco próprio.

Para dançar, há "Candy Shop", que abre o álbum, outra típica Pharell, com sons de respiração ofegante, violão latino. Corrijo: é antes uma música ideal para uma performance grandiosa na boate. Assim como a boa "4 Minutes", com Timberlake, Timbaland, e suas batidas bem marcadas, acompanhadas de sirenes de navio alucinadas, que levam o corpo a movimentos dramáticos. Quatro minutos para salvar o mundo ou, como escreveu o crítico Jon Pareles, no "New York Times", apenas o tempo de um hit pop.

Com "Give It 2 Me", o próximo single, você dança, agora sim, sem restrições. "Ninguém vai me dizer como, ninguém vai me parar agora", canta Madonna aos 49 e prestes a começar uma nova fase em sua carreira de 26 anos com o contrato de dez anos assinado com a LiveNation, sob o qual a empresa passa a lançar seus discos e gerenciar seus shows. "I can go on and on and on" (Eu posso continuar e continuar e continuar). É admirável que Madonna, justo ela, seja a única cantora em atividade que possa dizer isso ainda hoje, 25 anos depois do primeiro álbum.

E é aí, precisamente nesse próximo passo, que Madonna deve apresentar mais surpresas do que o fez com "Hard Candy", um álbum que é doce, mas não é mole, não. Agora ela manteve seu valor de mercado (o que não é pouco), mas não foi além; ela entretém como a música pop tradicional pede, sem "polêmicas" com algum sexo, asséptico, "permitido".

Enfim, "Hard Candy" é como lojas de doces, colorida e divertida; uma loja de doces com oferta de sabores já conhecidos, mas tão gostosos quanto enjoativos."My sugar is raw", diz ela apropriadamente no último disco da gravadora pela qual ela vendeu, até agora, uns 200 milhões de discos. Só a maior entertainer do mundo pode encerrar um ciclo assim --ainda mais vestida como uma boxeadora "deluxe", com braços esdruxulamente torneados.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Saiu com travesti e não pagou

VOCE POE A MÃO NO FOGO POR QUEM AINDA?


Por Richard Fausto, Luiz Cláudio Amaral e Fabrício Costa

Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro

O atacante Ronaldo, do Milan, se envolveu em polêmica na madrugada desta segunda-feira. Após ter ido a uma boate no Rio de Janeiro, o craque terminou a noitada na 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), depois de uma confusão com o travesti André Luis Ribeiro Albertino, conhecido como Andréia Albertine.

O travesti acusou Ronaldo de envolvimento com drogas e publicou um vídeo no "youtube" para comprovar a identidade do jogador. No vídeo, é possível ver o atacante, vestindo a camisa do Flamengo, e ouvir a voz de André dizendo "para provar que é você".

Segundo informações da polícia, Ronaldo teria sido vítima de uma tentativa de extorsão. O delegado Carlos Augusto Nogueira afirmou que André "correu da delegacia" no meio do depoimento e disse acreditar na possibilidade de um golpe contra o jogador.

Em frente ao motel na Barra, André Albertino deu entrevista dizendo que outros dois travestis teriam participado da noitada. Ele apresentou ainda um documento de carro em nome de Ronaldo Luiz Nazário de Lima - que teria sido deixado com ele como garantia de pagamento.

Em um comunicado oficial, divulgado por sua assessoria de imprensa, Ronaldo defendeu-se da acusação dos travestis de que teria usado drogas. O Fenômeno afirmou ainda que está sendo vítima de extorsão. Confira a nota enviada pelo craque:

"Diante dos últimos acontecimentos e com o objetivo de esclarecer, o atleta Ronaldo jamais foi usuário de drogas, não teve nenhuma queixa-crime registrada contra a sua pessoa e está sendo vítima de uma tentativa de extorsão. Ele agradece a decência da autoridade que preside o fato e, se necessário, tomará as atitudes cabíveis."

Em entrevista coletiva na tarde desta segunda-feira, o delegado Carlos Augusto Nogueira, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), contou a versão que Ronaldo deu em seu depoimento, de manhã. Segundo a polícia, o Fenômeno diz ter sido vítima de tentativa de extorsão de R$ 50 mil do travesti André Albertino.

Segundo o delegado, Ronaldo contratou o travesti pensando que era garota de programa e levou para um motel na Barra da Tijuca. Lá, teria pedido mais duas mulheres para o programa. Quando descobriu que eram travestis, e que um deles teria ido buscar drogas na favela Cidade de Deus, o atacante teria decidido não mais fazer o programa e deu R$ 1.000 para dois deles. O outro, que seria André Albertino, não quis e pediu R$ 50 mil para não contar a história para imprensa.

Ronaldo teria ficado revoltado com a tentativa de extorsão e, após um escândalo do travesti na porta do motel, a polícia foi chamada. De acordo com o delegado, o atacante foi sozinho à DP prestar depoimento de manhã. Carlos Augusto Nogueira diz acreditar mais na versão do jogador:

- A versão dele é mais confiável, pois o travesti (André) foi embora no meio do seu depoimento. De zero a 10, dou nove para o depoimento do Ronaldo. Ele estava muito emocionado, disse que saiu para se divertir e que não queria que a imprensa ficasse sabendo do caso. O Ronaldo me disse que está passando por problemas psicológicos, em função da recuperação - diz o delegado.


Sobre a denúncia dos travestis de que existiria droga no quarto do motel, a polícia informou que não foi encontrado nenhum tipo de entorpecente. Segundo o delegado, Ronaldo garantiu que não se drogou.

- O Ronaldo me disse assim: "Se falarem que eu bebo, até bebo um pouquinho. Mas achar que eu vou pedir para alguém ir buscar drogas na Cidade de Deus é um absurdo" - conta Carlos Augusto Nogueira.

A respeito do documento do carro de Ronaldo em poder de André, o delegado afirmou que um dos motivos da ida do craque à delegacia foi para recuperá-lo.

Na tarde desta segunda, outro travesti envolvido na polêmica, identificado apenas como Carla, foi chamado para depor e foi recebido pelo delegado. Carlos Augusto Nogueira afirmou que quer conversar ainda com o terceiro travesti, mas descartou a hipótese de ouvir de novo André Albertino. Ronaldo será chamado para depor novamente, em outra data.

O delegado abriu um registro de ocorrência baseado em ameaça de lesão corporal (pois Ronaldo teria ameaçado agredir os travestis, o que acabou não acontecendo) e ameaça de extorsão.

domingo, 27 de abril de 2008

Hip Hop e a música com sabor de rapadura

Rapadura híbrida com sabor de anos 80 tempera o disco pop do ano

“Hard Candy”, o décimo primeiro álbum da cantora Madonna, chega às lojas brasileiras e da Europa amanhã

Por Williams Vicente

O novo álbum de Madonna, “Hard Candy”, previsto para chegar às lojas brasileiras e do resto do mundo amanhã (nos Estados Unidos na terça, 29) vazou no final de semana passado na internet. A chegada precoce foi marcada pela guerra de palpites fervorosos entra os fãs e a crítica. Como sempre acontece com os lançamentos da maior representação musical pop que existe no mercado, os especialistas do universo musical se dividem entre os que preferem o disco anterior e os que dizem que o novo é bom.

Madonna apesar de não fazer parte do universo regional diretamente, merece sempre destaque nas análises da imprensa porque é a partir do que ela lança que vamos consumir o que o pop no resto do planeta seguirá. É assim na sonoridade e no visual. Quem não viu Joelma travestida de Madonna na Companhia do Calypso? Adriana Calcanhoto regravou a genialidade minimalista de “Music”, transformando-a em sonoridade tupiniquim e o DVD ao vivo de Ivete Sangalo sugou a superprodução ditada pela cantora americana. Aqui em Mossoró teria até a Thabata com ares madonnescos...

Deixando algumas comparações infelizes para além, “Hard Candy” (doce duro ao pé da letra, ou rapadura para bom entendedor) ganhou esse nome pela paixão por doces da cantora e agora adquire uma conotação depois do lançamento que talvez a própria Madonna não esperasse, nem irá entender a brasilidade da livre interpretação: rapadura é doce, mas não é mole, não!

A revista americana Rolling Stone, principal publicação sobre música e cultura Pop do planeta recebeu bem o disco. Por aqui, os resenhistas andam quebrando os dentes para entender, degustar e se desprender do mito que persegue a cantora de que depois de um disco excelente (é o caso do álbum passado lançado em 2005, “Confessions on a Dance Floor”) vem um ruim. Faz sentido. Aconteceu com American Life, por exemplo.

Mas não é regra. Antes de mais nada os críticos cobram novidade sonora eternamente. É verdade que “Hard Candy” é novo para Madonna, mas não para o pop. Delineado pelo hip-hop, a dúvida que paira é se o disco só fará as pazes da cantora com o mercado americano, reduto do gênero, ou se ela soube aproveitar o investimento no estilo para gravar algo realmente interessante. Dúvida que vai se desfazendo depois de algumas audições. "Hard Candy" vem como sucessor de "Confessions on a Dance Floor", que estreou em primeiro lugar nas paradas de 30 países e na era do download grátis vendeu mais de 8 milhões de cópias.

No novo disco, Madonna continua focada no clima club e acende as raízes do passado que mandam sinais de fumaça da vida urbana em Detroit e do começo em Nova Ioque para uma noite habitada pela batida hip hop em parcerias com artistas como Timbaland, Justin Timberlake, Pharrell Williams (do Neptunes) e Nate "Danja" Hills. Todo mundo esperava que ela transformasse o hip hop para não parecer com as outras cantoras pop que descambaram por esse lado como Nelly Furtado. Com esta, para não mentir ou omitir, há uma farpa de parentesco nos maneirismos vocais e arranjos de “Heartbeat”, nada que comprometa a originalidade do disco na obra de Madonna ou que dê cabimento para é “mais-do-mesmo”. Não há uma transformação. Há uma reafirmação do casamento pop-hip-hop e o disco não parece nada com a concorrência.

É uma miscelânea de elementos que estão custando caro aos ouvidos apressados. Se “Confessions...” mantinha uma unidade sonora do início ao fim e é o que se espera dos discos para taxá-lo de bom, as canções de “Hard Candy” bebem da hibridez que distancia uma faixa da outra e confunde o ouvinte. Com disco music, electro, vocoders, muito sintetizador e bateria programada as músicas não se comunicam, mas também não se trumbicam.

Trata-se do resgate da linha oitentista revestida da atualidade da eletrônica. Os discos da cantora nos anos 80 não seguiam exatamente uma estética sonora única. As faixas eram como estas de hoje que tinham força por si só. Para entender, escute a estréia “Madonna” e para ir mais além, absorver o doce poder de “Hard Candy”, ouça “Like a Prayer”, o álbum.

O disco está cheio de contrastes e embora não seja revolucionário tem frescor de inovação. A idéia é dar um ar futurista e ao mesmo tempo retrô, club, é algo pólis. Nessa miscelânea de conceitos, o disco não chega a ser genial, mas ficará na casa da nota 9 pela simplicidade e doçura das melodias que tem até um quê de despedida (tomara que seja só da Warner – “Hard Candy” é o último disco dela lançado pelo selo). O encarte é a única parte que deixa a desejar. Madonna acerta no conceito pugilista na capa, porém peca no resto do ensaio perdendo força com uma certa tristeza transparente no olhar e um ar de senhora que não condiz com a jovialidade do álbum.

A onda de decepção que o disco tem provocado se resume ao fato de que as análises em cima das obras dela são precedidas da imposição midiática de que venham recheadas de vanguarda. Dessa vez, Madonna esteve despretensiosa, e mesmo que tenha havido a intenção de inovar contraditoriamente usando os elementos já conhecidos, o disco soa diferente, alto astral e não há motivos para jogá-lo no limbo.

Faixa a faixa
1. "Candy Shop"
Escrita por Madonna e Pharrell Williams, produzida por The Neptunes.Canção que, além de explicar a temática adocicada do álbum, também já convida os ouvintes ao ritmo dançante que será explorado no disco. Ouça o álbum “Like a Prayer” e entenda a batida quebrada da música.
2. "4 Minutes"
Escrita por Madonna e Justin Timberlake, produzida por Timbaland, com vocais adicionais de Justin Timberlake, é o primeiro single do disco e passa longe de ser a melhor faixa. Traz aquele pancadão funk e é a mais hip-hop de todas.
3. "Give It 2 Me"
Escrita por Madonna e Pharrell Williams, produzida por The Neptunes. De longe a melhor. Disco, sintetizadores, universo electro que dá o tom da faixa. Poe qualquer pessoa pra dançar. “Não é o começo, nem o fim” como diz a letra.
4. "Heartbeat"
Escrita por Madonna e Pharrell Williams, produzida por The Neptunes. Pancadinha hip hop marcante, melodia fácil, agudos anos 80. E vá dançar.
5. "Miles Away"
Escrita por Madonna e Justin Timberlake, produzida por Timbaland, possivelmente fala da relação dela com seu marido Guy Ritchie quando viviam em continentes separados é repetitiva, mas tem a cara das baladinhas deliciosas que embalam aos dores de cotovelo.

6. "She's Not Me"
Escrita por Madonna e Pharrell Williams, produzida por The Neptunes. A forma que ela encontrou de dizer que igual a ela não existe ninguém. Uma guitarra dá gingado a música, com elementos do groove que desembocam num remixe fantástico de si mesma
7. "Incredible"
Escrita por Madonna e Pharrell Williams, produzida por The Neptunes. Sonzinho de cobra ao longo da faixa a deixa como a mais fraca do disco, paquerando os adolescentes e com uma certa confusão nas camadas. Leve nuance funk dá uma salvada no som.
8. "Beat Goes On"
Escrita por Madonna e Pharrell Williams, produzida por The Neptunes. Uma surpresa para quem já tinha ouvido esta faixa na época em que vazou, no final do ano passado. Com outros arranjos e tranqüila, a faixa é tudo que Michael Jackson gostaria de gravar. Perfeita.
9. "Dance 2night"
Escrita por Madonna e Justin Timberlake, produzida por Timbaland, com vocais adicionais de Justin Timberlake .O baixo marca a faixa que pode ser considerada a mais black.
10. "Spanish Lessons"
Escrita por Madonna e Pharrell Williams, produzida por The Neptunes. Parece confusa, mas não é. Tem um certo excesso de elementos, porem graciosa como as musicas e influencias latinas que ela costuma usar. Dançante.
11. "Devil Wouldn't Recognize You"
Escrita por Madonna e Justin Timberlake, produzida por Timbaland, co-produzida por Nate "Danja" Hills, com vocais adicionais de Justin Timberlake. Aquela baladona. Como já disse noutra ocasião, as baladas dela são impagáveis. Outra black que Michael gostaria de ter gravado. Passa longe da pieguice da concorrente Mariah Carey.
12. "Voices"
Escrita por Madonna e Justin Timberlake, produzida por Nate "Danja" Hills, co-produzida por Timbaland, com vocais adicionais de Justin Timberlake. "Hard Candy" termina com Justin Timberlake perguntando: "Who's the master and who's the slave?" (na tradução livre, "quem é o mestre e quem é o escravo?"). É outra meia balada com pinta de etéreo.



Download: 3 links para voce tentar
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O CD veio para matar o vinil e deve morrer primeiro


WILLIAMS VICENTE



Era um ritual simples. Antes de mais nada, existia o prazer de ver a capa e tocá-la. Foi-se o tempo em que se tocava na música. Você tirava o disco da capa, colocava-o com delicadeza no prato da vitrola, pegava a pequena alavanca do braço (ou pick-up), virava para o lado que queria (78 ou 33 e 45 rpm) e deixava pousar sobre o bolachão. Aquele chiado inicial antes de começar a canção é inclusive usado como sonoridade em músicas até hoje.


O disco de vinil surgiu no ano de 1948, tornando obsoletos os antigos discos de goma-laca de 78 rotações, que até então eram utilizados. A partir do final da década de 1980 e início da década de 1990, a invenção do Compact Disc (CD) prometeu maior capacidade, durabilidade e clareza sonora, sem chiados, fazendo os discos de vinil ficarem obsoletos e desaparecerem quase por completo no fim do século XX. No Brasil, os LPs em escala comercial foram comercializados até meados de 2001.


Mas o último relatório da Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD) revela o declínio da comercialização do formato que pretendia enterrar o vinil. As vendas de CDs e DVDs movimentaram em 2007 R$ 312,5 milhões, o que representou uma redução no faturamento líquido (vendas menos devoluções) das companhias que reportam estatísticas para a ABPD, de 31,2% em comparação ao ano de 2006, quando o setor fonográfico movimentou R$ 454,2 milhões. No segmento digital foram registrados R$ 24,5 milhões de movimentação no setor, o que já representa 8% do mercado total de música no Brasil.


Por outro lado, em 2006, pela primeira vez a ABPD apresentou uma pesquisa de mercado sobre o universo musical na internet. O estudo, encomendado à Ipsos Insight, empresa de pesquisa de marketing do grupo Ipsos, constatou que 8,2% da população pesquisada, o que corresponde cerca de 2,9 milhões de pessoas, baixaram música na internet no ano de 2005, contabilizando quase 1,1 bilhão de canções sendo baixadas da rede mundial de computadores, a grande maioria oriunda das redes de compartilhamento de arquivos (Peer to Peer). Se esses downloads fossem feitos de forma legalizada, o setor teria arrecadado mais de R$ 2 bilhões, ou seja, 3 vezes mais do que o montante faturado pelo mercado oficial em 2005 com a venda de CDs e DVDs originais, que foi de R$ 615,2 milhões.


Na era do vinil, pode-se arriscar dizer que não havia pirataria. O problema começou a surgir quando a evolução tecnológica permitiu separar mídia e conteúdo, além de oferecer inúmeros métodos fáceis e acessíveis para replicar e copiar aquele mesmo conteúdo em diversas outras mídias, como nos casos dos DVDs e softwares. Na verdade, a condenação do vinil foi equivocada, pelo menos até agora.


Quem um dia tocou um vinil não o esquece mais. Talvez a geração digital não venha a descobrir os álbuns em embalagens gigantes e gostosas de serem olhadas e executadas, mas fato é que o vazio da era digital trouxe de volta a atenção pelo vinil. Aliás, ele nunca saiu do mercado. Sobrevive num mundo paralelo e entre ele e o CD é provável que o Compact Disc seja engolido pelo download, pelo menos é o que revela os números.


À medida que o CD vai perdendo terreno como suporte musical, os discos de vinil vêem o seu culto e vendas crescer. A CNN divulgou no começo do ano passado que a venda de singles de vinil de 7 polegadas aumentou de 180 mil unidades em 2001 para mais de 1 milhão de unidades em 2005. Por sua vez, a compra de CDs tem decrescido desde 2000, tendo sofrido uma descida de 20 por cento nos EUA em 2006.


O blog Listening Post, da revista Wired, resolveu perguntar ao eBay, o maior site de leilões do mundo: qual o volume de vendas de discos de vinil entre os usuários do site? A resposta foi surpreendente: atualmente, usuários do eBay compram 6 discos de vinil a cada minuto, ou seja, um disco a cada 10 segundos. O álbum mais comprado e vendido em formato vinil é o álbum branco dos Beatles. Se essa média se mantém constante, são 3.155.760 discos por ano.


São raridades sendo vendidas entre colecionadores e aqueles que resolvem se desfazer de suas bolachas pretas que estão em casa pegando poeira. Mas esses mesmos colecionadores mantêm vivo um mercado paralelo e consistente de novos discos. Os artistas americanos e europeus até hoje lançam os novos álbuns nos formatos CD e MP3, mas alimentam os fãs com edições especiais em vinil. Madonna é mestra nesse quesito, porém estrelas menos conhecidas surpreendem com recordes de vendagens em vinil.


É o caso da banda The White Stripes que bateu o recorde em junho do ano passado com o vinil de um single mais vendido da história do Reino Unido com a música Icky Thump. A canção, que entrou na parada direto no segundo lugar vendeu mais de 10 mil cópias em apenas dois dias. De acordo com o ranking Music Week, da revista NME, a última banda a quebrar tal recorde foi Wet Wet Wet, com o single de Love Is All Around, tema do filme Quatro Casamentos e um Funeral, que vendeu 5 mil cópias em uma semana.


A persistência do suporte pode ser explicada por fatores como a estética e o culto do objeto (que vai resistindo na era dos downloads digitais) ou pela qualidade sonora. Também pode ser justificada pela sua proeminência no circuito dos DJs que encontram nos discos de vinil maior facilidade e possibilidade de manuseamento direto para as suas técnicas de discotecagem, além da popularização de gêneros musicais como o reggae ou o hip-hop, que tem na sua gênese a manipulação de discos.



Pela sobrevivência do bolachão: Senaes entra no movimento pela recuperação da única fábrica de discos de vinil do país


A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), do Ministério do Trabalho e Emprego, entrou na ação emergencial para impedir que a Polysom do Brasil, única fábrica de discos de vinil do país, feche definitivamente suas portas em virtude de dificuldades técnicas e financeiras.
A mobilização começou no ano passado sob a liderança do Ministério da Cultura com o lançamento das iniciativas destinadas à preservação da fábrica. Participaram do ato o ministro Gilberto Gil e profissionais ligados à indústria fonográfica nacional.


Em reunião com os proprietários da Polysom, Luciana Carvalho e Nilton Rocha, e com um representante do Ministério da Cultura, em 25 de março, o diretor do Departamento de Fomento da Economia Solidária, Dione Manetti, propôs a elaboração de um plano de trabalho de recuperação, que deve começar com um diagnóstico detalhado da situação atual da empresa. "Incluindo, ainda, o levantamento de investimentos necessários e das oportunidades para essa fábrica no mercado", destaca o diretor.


Por meio desse projeto, Senaes, Ministério da Cultura e os donos da Polysom buscarão parcerias e alternativas de financiamento para a retomada do empreendimento que começou em 1999, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Na época, a empresa chegou a produzir 110 mil cópias por ano para uma igreja pentecostal. Nos últimos anos, com a sofisticação de instrumentos de digitalização musical e por conta de problemas técnicos e financeiros, a equipe foi reduzida a três polivalentes profissionais e a produção passou a cair. No ano passado, registrou somente 23 mil cópias. "Estamos abertos ao novo e com disposição. Acreditamos no que fazemos e que vai dar certo", disse Luciana Carvalho.

sábado, 26 de abril de 2008

O Mossoroense de domingo - Hard candy


A CAPA EM ALTA QUALIDADE FICOU ASSIM, NÃO CONSEGUI SALVAR DIREITO E ALGUMAS LETRAS FICARAM EMBARALHADAS PRATICAMENTE. É SÓ PARA TER UM NOÇÃO.

Geração de emprego com carteira assinada cresce no primeiro trimestre do ano

Geração de emprego formal bate recorde no Brasil e Mossoró segue a tendência. De janeiro a março deste ano foram criados 770 postos de trabalho. Mas com os prejuízos trazidos pelas enchentes, a expectativa é de que a partir de maio a estatítica aponte recuo número de pessoas empregas.

Por Priscilla Dutra


Conforme números do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil criou em março deste ano 206.556 empregos com carteira assinada. O número superou em 41% o recorde anterior ocorrido em março do ano passado. Já no município a variação de empregos (número de trabalhadores que estão aptos a trabalhar) foi de menos 5,30% em 2008 enquanto no ano passado foi de 6, 15%. Isso quer dizer que este ano foram gerados 770 empregos em relação ao ano passado.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego brasileira recuou em março, para 8,6%, e em março de 2007, a taxa havia ficado em 10,1%. Na comparação com o mês anterior (8,7%), houve estabilidade no indicador.

O gerente regional do trabalho e emprego de Mossoró e região Gilton Araújo informa que de janeiro até março deste ano foram admitidos 4.952 trabalhadores e demitidos 6.995, ou seja foram fechados 2.043 postos de trabalho. Enquanto no mesmo período de 2007 foram empregadas 4.182 pessoas e demitidas 6.429, ou seja, uma diferença de 2.247 postos de trabalho a menos.

De acordo com Gilton Araújo apesar de os números serem positivos no momento a tendência é que em abril eles sejam revertidos. "Houve muitas demissões em abril por causa das chuvas. Nossa região é fortemente estruturada na economia de fruticultura irrigada, carcinicultura, sal, enfim, setores que são bastante afetados pelas chuvas. Ainda não contabilizamos as demissões de abril, mas certamente elas serão refletidas no nosso próximo balanço", disse.

As filas extensas estão se formando na Gerência Regional do Trabalho. O pedreiro Allison Max, 20, há quatro meses tinha conseguido seu primeiro com carteira assinada, porém a alegria não durou muito. "Fui demitido por causa desse período de chuvas. Assim como eu muitos colegas foram, agora vou batalhar por uma nova oportunidade", afirma.

Preço do pão aumenta e se equipara ao da carne

Por Leilane Andrade

Pela terceira vez este ano o preço do pãozinho volta a subir. E a partir da próxima segunda-feira o consumidor encontrará o produto 10% mais caro. Em outras palavras, o que hoje pode ser adquirido numa variação entre R$ 5,49 e R$ 6,90, vai ser de R$ 5,80 a R$ 7,80.
O presidente da Associação dos Panificadores de Mossoró e Zona Oeste (Apasmo), Cesário Melo, afirma que este ano o aumento da saca da farinha de trigo já foi de 75%, o que antes era comprada a R$ 68,00 está sendo vendida por R$ 120,00. Porém, para o consumidor mossoroense só foi repassado 27% desse aumento.
O novo reajuste deve-se ao bloqueio de exportações do trigo proveniente da Argentina, de onde o Brasil chega a importar 80% do seu consumo de trigo. Os outros 20% vêm do Canadá. "Agora o Brasil vai precisar comprar o produto do Canadá e por diversas razões eles preferem ter a China como comprador, já que paga melhor pelo trigo", explica Cesário Melo. O problema é que vindo do Canadá o produto encarece mais ainda com o transporte, dada à distância do país, somada à sazonalidade.
Apesar de o Brasil não ter tradição de produzir trigo, há regiões como o Sul que poderiam contribuir para amenizar o problema. Acontece que a produção do trigo está cada vez mais escassa, pois atualmente o governo vem incentivando a produção da soja e do biocombustível, e com isso o trigo fica em segundo plano.
O primeiro reajuste foi de 12% e aconteceu no final de fevereiro deste ano, o segundo de 12% foi no mês passado.
Para o presidente da Apasmo não há previsão se esse preço voltará a cair ou mesmo subir mais ainda. "Não sabemos ainda como vai ser. No último reajuste pensávamos que o preço iria se manter, mas agora houve isso. Não há previsão de melhora". Por outro lado, já foi informado que até junho a saca do trigo deve chegar a 100% de aumento.
PREJUÍZO
Com o aumento do trigo os prejuízos são grandes para os comerciantes e para os consumidores. Segundo Cesário Melo, a queda nas vendas já chegou a 25% no último reajuste. Aliado a isso vem o desemprego de funcionários no setor de panificação que atualmente está em 10%. "Para que não repassemos o aumento na integridade temos que reduzir gastos e para isso precisamos demitir", explica.
"O setor hoje está uma via-crúcis, passando pela pior fase já existente", lamenta Cesário Melo.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Falta merenda nas escolas municipais de Mossoró

Alunos da Escola Municipal Castro Alves estão há um mês sem merenda escolar

Adriana Morais

Alunos da Escola Municipal Castro Alves, que fica situada no bairro Bom Jesus, estão há um mês sem merenda escolar. A escola trabalha com alunos das séries do Ensino Fundamental I.
O pai de um aluno, que não quis se identificar, reclama da falta de merenda na escola. "Tenho dois filhos que estudam lá, um de sete e outro de oito anos. Eu não tenho condições de comprar todo dia lanche para eles levarem para a escola. Por isso, muitos dias as crianças ficam das 7h às 11h estudando e sem comer nada", afirma.
A diretora da Escola Municipal Castro Alves, Márcia Regina, informa que a merenda escolar está em falta, porque os alimentos não estão sendo repassados para o colégio. Ela acrescenta que este é um problema que está afetando outras escolas do município.
Ela explica que devido a este momento de transição de secretários da Educação do município, o contrato com a distribuidora que encaminha os alimentos para as escolas municipais não foi renovado, por este motivo o repasse de merenda escolar ficou suspenso.
De acordo com Márcia Regina, nesta semana houve uma reunião com os diretores das escolas municipais, com o secretário de Educação, Francisco Carlos, e ele explicou sobre a situação informando que iria tentar solucionar a questão o mais breve possível.
A reportagem do O Mossoroense tentou entrar em contato com o secretário Francisco Carlos, mas não conseguiu falar com ele.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Sonegação do IPTU chega a 70% dos mossoroenses


Mais de 39 mil pessoas deixam de pagar IPTU

Leilane Andrade


Até o dia 30 de março deste ano, apenas 17.953 pessoas haviam efetuado o pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Ou seja, dos 57 mil cadastrados na Secretaria de Tributação do município mais de 39 mil deixaram de pagar o imposto. Segundo o secretário Ubiracy de Assunção, a inadimplência até agora foi de 70%.
No ano passado, no mesmo período foi arrecadado 16.082 e até o final de 2007, mais cinco mil pessoas procuraram a secretaria e efetuaram o pagamento. "A inadimplência continua alta, mas está diminuindo a cada ano. Esperamos diminuir para 60% até dezembro", diz o secretário.
Apesar da baixa arrecadação, Ubiracy de Assunção afirma que foram atingidas as expectativas. "Estamos sempre dando mais incentivos para a pessoa pagar o imposto. No ano 2000, apenas quatro mil pessoas pagavam e comparando com hoje já tivemos considerável avanço".
Em valores, a arrecadação foi contabilizada em 3,5 milhões no ano passado. Ainda conforme informações do secretário, caso não houvesse o desconto de 50% para aqueles que optarem pelo pagamento à vista, a arrecadação em reais seria maior. "Cerca de 70% dessas pessoas que pagaram o imposto escolheram o desconto, o resto preferiu parcelar durante o ano".
A inadimplência para Ubiracy deve-se a problemas de anos anteriores. "Antes não havia muita cobrança e não exigia o pagamento, o que deixou muita gente devendo bastante. Hoje, quem tem grandes pendências, nós estamos cobrando judicialmente", explicou.
A Secretaria de Tributação pretende realizar futuramente um recadastramento dos imóveis da cidade. Os dados utilizados hoje estão defasados, pois o último levantamento feito no município foi em 1990. "Estamos estudando essa possibilidade. São quase 20 anos e muita gente reformou suas casas e outras adquiriram imóveis durante esse tempo".
APLICAÇÃO
Em Mossoró, de acordo com o secretário de Tributação, o IPTU é aplicado, dentre outras ações do governo, principalmente em obras, como construção de prédios, asfalto, calçamentos, além de ajudar no pagamento da folha dos servidores. "Há tempos estamos com uma arrecadação baixa, mas aos poucos estamos recuperando", salienta Ubiracy de Assunção.
O secretário aproveita para informar que as pessoas podem se dirigir à Tributação Municipal a qualquer dia do ano para efetuar o pagamento do IPTU referente a 2008 e anos anteriores.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Observador Político


O Exercício da cidadania pelas ondas do Rádio e da TV

WILLIAMS VICENTE

A década de 1980 foi marcada pelo retorno aos poucos à democracia. A abertura política estava se concretizando, os brasileiros prestes a escolherem seus dirigentes, os políticos cassados regressavam ao país e à vida pública. Mas antes mesmo que a democracia chegasse definitivamente ao cotidiano do país, Mossoró dava mais um passo rumo à liberdade da comunicação. Não na Praça de Atenas, como acontecia na Grécia Antiga, mas de maneira plural, via rádio.
Quando o presidente-diretor da Rede Resistência de Comunicação, dr. Laíre Rosado, pensou no Observador Político no início dos anos 1980, talvez ele não tivesse certeza se o formato do programa atravessaria a década e chegaria aos 28 anos de história. Mas atravessou. Ao meio-dia de 23 de abril de 1980 entrava no ar pela Rádio Tapuyo (atual RPC) o programa que se propunha a comentar as notícias do ambiente político durante 15 minutos de segunda a sexta-feira.
"O Observador Político surgiu quando o prefeito Dix-huit Rosado e o deputado Vingt Rosado, sócios da Rádio Tapuyo de Mossoró, não tinham um programa que noticiasse as ações dos dois e também para comentar outros assuntos. Então conversei com eles para fazer o programa e eles concordaram. A partir desse instante o programa foi ao ar", conta Laíre Rosado.
Pouco tempo depois da estréia, Laíre Rosado dividiu o estúdio com o radialista Evaristo Nogueira, que atuou também como vereador em Mossoró. A dobradinha rendeu tanto que 15 minutos já não eram suficientes para o projeto. O tempo passou então para os 30 minutos.
Consolidado, o Observador Político despertou a atenção da cidade e de profissionais que ajudaram a riscar a história da empreitada radiofônica: o conceituado jornalista Dorian Jorge Freire e o empresário Diran Amaral surgem nesses primeiros anos de programa para enriquecer o projeto, o que acabou por determinar a extensão do Observador para 1h hora de duração. Dividiram microfones ainda nomes como Walter Fonsêca, Fabiano Santos, Lupércio Luís Azevedo e Luiz Soares.

SEGUNDA FASE
Do rompimento político entre Dix-huit e Vingt Rosado foi escrita mais uma página na história do programa. Vingt Rosado criou a FM 93, da Rede Resistência de Comunicação, em 13 de junho de 1988, e o Observador Político passou a contar com nova casa. Isso significou, ao longo do tempo, estar no ar em quase 200 municípios pertencentes aos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.

TERCEIRA ETAPA
Em março de 2007, o Observador deu mais um passo com a transmissão pela TV Mossoró, canal 7(aberto) e 34 (cabo), da Fundação Vingt Rosado. Aqui, o programa adquire caráter generalista e educativo.
"A diferença da TV é a questão da interação. Como as pessoas lhe vêem, elas passam a reconhecer-lhe na rua. Isso é gratificante. Ser reconhecido na rua é mais um canal de diálogo, a gente traz a voz da rua".

A TV com seu poder imagético serve para tirar qualquer dúvida sobre a credibilidade do Observador. Estar na tela dá rosto às vozes do rádio e abre espaço para mais interação. Além da linha tefônica, o ouvinte/telespectador começa a contar com os recursos da internet para participar ao vivo da transmissão.

Quem observa, analisa, pratica o exercício da isenção, assim como fazem diariamente os apresentadores Laíre Rosado, Lahyre Neto, Edmundo Torres, Emery Costa e Rosemberg Estevão.
"O programa tem importância fundamental porque coloca todas as questões que dizem respeito a Mossoró e região em debate. Colocamos a sociedade mossoroense para pensar seu problema e as soluções possíveis", avalia Emery Costa.
Agora, o programa está costurado pelo jornalismo comunitário, aquele que dentro da Teoria da Comunicação se define por atender as demandas da cidadania e serve como instrumento de mobilização social. O compromisso não é apenas factual, mas também social. "O programa abriga a carência da cidade de ter um espaço para falar sobre ela. Ele desenvolve um papel social importante, em todas as esferas sociais. É um porta-voz do povo", diz Rosemberg.
Não é à toa que os telespectadores/ouvintes Flávio de Oliveira, 20, Maria de Fátima de Souza, 47, e Lindoval Gomes, 52, têm a mesma resposta quando são perguntados por que vêem o programa: "Para saber o que está acontecendo na cidade".

ENTREVISTA
Dentro do aspecto da Teoria da Comunicação de se apresentar, não raro, ao serviço da comunidade, seguindo naturalmente o jornalismo comunitário, o Observador Político longe de intenções subliminares e de retórica sub-reptícia, abre as portas para a prática imprescindível da cidadania, através do recurso da entrevista. O debate passou a desfilar por todo e qualquer tema que interesse ao progresso da sociedade mossoroense.
"O Observador sempre foi um instrumento de prestação de serviço e com a ida para a TV isso se intensificou. A gente entrevista médicos, psicólogos, políticos, advogados, artistas. Estamos abertos a todos", ratifica Lahyre Neto.
A prestação de serviços corrobora-se nas palavras dos próprios entrevistados.
"O programa é de suma importância para Mossoró porque dá oportunidade ao cidadão de reivindicar, além de politizá-lo. É um programa imprescindível e é democrático", avalia o vereador Francisco José Júnior.
A vice-prefeita de Mossoró, Cláudia Regina, complementa: "É uma grande oportunidade de estabelecer uma discussão ampla e também vejo que ele contribui muito com a questão da cidadania à medida que você aponta situações que precisam ser melhoradas. É a contribuição para os encaminhamentos de situações de políticas públicas que precisam ser melhoradas".


BASTIDORES
À época do rádio, o universo dos bastidores era pela natureza do veículo mais fácil de lidar. Os observadores tinham na frente apenas o microfone e as próprias idéias. Na TV, o tempo parece que passa mais rápido e cada minuto significa a dedicação da equipe para que no ar tudo esteja no lugar exato. Conversar com eles para fazer essa matéria é sinal de corre-corre, de encontrar Edmundo Torres às pressas para cumprir outros compromissos pós-programa, ou de achar um espaço no curto tempo do dr. Laíre Rosado.
Para o programa ir ao ar deve se pensar na maquiagem, no posionamento dos observadores e entrevistados diante das câmeras. "Houve uma certa dificuldade no começo porque eram 27 anos no rádio e quando passa para a televisão é um impacto forte porque tem que estar olhando para câmera aberta ou fechada, onde colocar as mãos. Até questão de roupa teve que ser pensada. Vir do rádio para televisão não é difícil, mas é diferente. A audiência que a gente tem é muito grande. O pessoal liga para cá falando da importância do Observador e na TV todos passaram a conhecer os apresentadores, a notícia ganhou mais credibilidade porque estão olhando no olho de quem está falando. Os espectadores gostaram dessa novidade", conta a produtora Iara Monteiro.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

HARD CANDY COMPLETÍSSIMO, PODE BAIXAR, A MADONNA NAO TA SABENDO



Artista: Madonna

Álbum: Hard Candy

Gravadora: Warner Bros.

Ano: 2008

Tempo total: 54'56''

01. Candy Shop (4'16'')(Madonna and Pharrell Williams)

02. 4 Minutes - Feat. Justin Timberlake & Timbaland (04'05'')(Madonna, Timothy Mosley, Nate Hills and Justin Timberlake)

03. Give It 2 Me (04'48'')(Madonna and Pharrell Williams)

04. Heartbeat (04'02'')(Madonna and Pharrell Williams)

05. Miles Away (04'48'')(Madonna, Timothy Mosley, Nate Hills and Justin Timberlake)

06. She's Not Me (06'03'')(Madonna and Pharrell Williams)

07. Incredible (06'18'')(Madonna and Pharrell Williams)

08. Beat Goes On - Feat. Kenye West (04'26'')(Madonna, Pharrell Williams and Kanye West)

09. Dance 2night (05'03'')(Madonna, Timothy Mosley, Hannon Lane and Justin Timberlake)

10. Spanish Lesson (03'38'')(Madonna and Pharrell Williams)

11. Devil Wouldn't Recognize You (05'09'')(Madonna, Timothy Mosley, Nate Hills, Justin Timberlake and Joe Henry)

12. Voices (03'40'')(Madonna, Timothy Mosley, Nate Hills, Hannon Lane and Justin Timberlake)


Download: 3 links para voce tentar.








"HARD CANDY", O NOVO DA MADONNA, 8 FAIXAS DAS 12 DO ÁLBUM LOGO ABAIXO


OITO FAIXAS DO GUARDADO A MIL CHAVES "HARD CANDY" DA MADONNA

É SO CLICAR NO LINK




sábado, 19 de abril de 2008

Padre Guimarães Neto e a poesia de inspiração divina




WILLIAMS VICENTE




Manoel Vieira Guimarães Neto, ou Padre Guimarães Neto, ou Ir. Manoel (nome com o qual ele atualmente é conhecido no Mosteiro), é um homem de jovialidade impressionante e de capacidade de transmitir a paz em suas palavras de maneira que faz qualquer pessoa crer na predestinação. "Minha mãe conta que quando grávida uma comadre dela passou lá por casa e o padre Francisco passava pela cidade, dando a bênção às mães grávidas. Essa comadre convidou e quando o padre pronunciou a fórmula da bênção sobre a cabeça dela, ela fez uma prece a Deus oferecendo aquela criança e nesse momento eu estremeci em sua barriga", conta.
Em meados deste ano, dia 7 de junho precisamente, Padre Guimarães completará 27 anos de vida dedicados ao sacerdócio. À frente da Paróquia de São Manoel na maior parte do tempo em que se dedicou diretamente ao cotidiano da Igreja, hoje ele deixou de ser padre diocesano para seguir um chamado inadiável. "Ninguém se faz monge sozinho. Pra gente viver e transmitir, a gente tem que receber a tradição monástica".
Por isso, Padre Guimarães faz atualmente o Noviciado em Ponta Grossa, no Paraná, onde recebe a tradição beneditina. Junto a um noviço pernambucano e outro natalense, em março de 2009 Padre Guimarães estará de volta à terra da resistência para erguer os pilares do primeiro mosteiro masculino de Mossoró, o Mosteiro Beneditino que será dedicado à Santíssima Trindade. A festa da Santíssima Trindade, aliás, acontecerá no ano que vem, no dia 7 de junho, mesma data em que o Padre Guimarães completará 28 anos de sacerdócio.
"Eu não deixei nem a igreja, nem de celebrar a missa. Há uma diferença entre padre religioso e padre diocesano. Eu agora, como padre religioso, estou ligado a uma Ordem, no meu caso, a Ordem de São Bento. Ainda mantenho vínculo com a Diocese, mas estou nessa fase de transição. Também devo obediência a meu abade em Ponta Grossa. Mas desde criança sonho em ser monge. Sempre achei que era um sonho quase impossível e que eu teria que me contentar em ser padre diocesano. Até que em 2001 fiz um retiro espiritual, os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, na serra de Baturité - CE. Terminado o retiro, eu descobri que era feliz como padre diocesano, mas me faltavam duas coisas: vida de silêncio e Oração Comunitária".
O trabalho dedicado à Paróquia é perceptível através das missas, dos trabalhos sociais desenvolvidos pelas pastorais e pouca gente se dá conta que a vida num Mosteiro não significa o abandono das preocupações com as mazelas do planeta. Lá, a contemplação absoluta do divino tem tanta força quanto qualquer ação material em prol da preservação e salvação da humanidade. Para Padre Guimarães, a força da oração pode mover o mundo.
"Tem gente que acha que não tem mais sentido, mas pelo contrário. Já anunciaram não sei quantas vezes a morte de Deus e a gente vê o contrário, o ser humano cada vez mais se volta para Ele. A contribuição mais revolucionaria para o bem da humanidade é através da oração. A própria ciência já se curva, reconhecendo que os pacientes que têm fé se recuperam mais rapidamente. Então, creio que com um mosteiro como esse em Mossoró, as pessoas vão ter consciência que em um determinado lugar da cidade um grupo de homens estará reunido para rezar pelo menos sete vezes por dia comunitariamente. Quanto mais oração, melhor. Como padre diocesano dei minha contribuição à paróquia, agora acho que chegou o momento de dar outro tipo de contribuição, anônima. Quando me levanto às 4 horas da manha lá em Ponta Grossa e circulo pelos corredores do mosteiro, me dou conta de que hoje eu contribua talvez mais do que antes para o bem da humanidade."
A contribuição de Padre Guimarães, no entanto, vai além dos frutos da oração. As ligações com São Bento dão margem para entender outro dom. Padre Guimarães acredita que se atreve a andar pela trilha da escrita, mas o movimento que ele causou na cultura local e as palavras que registram sua experiência através da poesia provam que não se trata de atrevimento. Padre Guimarães é também artista por natureza.
"Não fui eu que escolhi São Bento, foi ele que me escolheu. Passei um tempo no Rio de Janeiro fazendo teatro e quando a carreira estava deslanchando, resolvi voltar pro seminário e essa volta se deu no Mosteiro de São Bento. Na época não percebia, mas hoje vejo como ele esteve presente na minha vida. Quando senti esse desejo mais forte de ser monge, o Mosteiro que decidi fundar foi inspirado na Regra de São Bento. Sempre fui beneditino. O valor que São Bento dá a arte, a contribuição dos mosteiros para a cultura do mundo ocidental foi fundamental, o monges sempre recuperam obras de arte antiqüíssimas... São Bento na própria Regra pede uma atenção especial aos artistas. Agora no mosteiro voltei a desenhar, escrever...coisas que eu não tinha tempo de fazer".
Desse amor pela arte nasceram peças que marcaram os teatros mossoroenses desde 1966, quando ainda estava no seminário ao lado do padre Alfredo Simoneti, no seminário Santa Teresinha, época em que entrou nesse universo como ator no texto de Millôr Fernandes, chamado "Do tamanho do defunto". A partir daí começou a escrever peças baseadas em textos de cunho social, como a adaptação da “Encíclica Populorum Progressio”, de Paulo VI, ou a partir de um comentário de uma vizinha, em 1991, de que na época da ditadura era melhor para viver ("Nunca mais"). Publicou "Chico", um musical sobre São Francisco, posteriormente gravou um CD intitulado "Sedução" que reúne hinos sacros, composições para outras peças e mais canções desenhadas pelo samba. Além de uma comédia inspirada nos velórios, que escreveu e dirigiu em 2005. " 'Vai com Deus' , trata de um tema sério que é a morte, mas juntei vários fatos que aconteceram em velórios aqui em Mossoró e transformei num texto engraçado. Morreu um rapaz que era cozinheiro e a amiga dele convidou todos os amigos para que trouxessem cachaça, salgadinhos, e o velório se transformou numa festa. Teve outro velório onde um homem chegou chorando alto, e ninguém o conhecia. A família do morto foi perguntar por que aquilo e ele disse que naquele dia tinha sido demitido, a mulher tinha fugido com o melhor amigo dele, e ele foi pegar o carro e o filho tinha acabado de bater, então, ele disse que ali era o melhor lugar para ele desabafar naquele dia". Destacam-se ainda "Que bom que você veio", "O santo da Paciência", "O palhaço perdeu a alegria", esta inclusive traduzida para línguas como o espanhol, italiano e luxemburguês.
Antes disso, aos 9 anos, Padre Guimarães ganhou um concurso de calouros na rádio Difusora. Costumava desenhar ainda criança "o padre Huberto de braços abertos. Ele me perguntava por que de braços abertos e eu respondia que era o retrato dele fazendo sermão".
Longe de Mossoró, mas não espiritualmente, enquanto não retorna do noviciado para fundar o Mosteiro da Santíssima Trindade, Ir. Manoel decidiu manter contato com a cidade através de suas poesias publicadas aos domingos neste caderno.
"É uma maneira que encontrei de fazer com que o povo de Mossoró conheça a experiência de um Mosteiro e acompanhe pouco a pouco todo esse período de formação e preparação".

terça-feira, 15 de abril de 2008

FOGO-AMIGO REACENDE CRISE NA CÂMARA


Vereadores da base aliada da prefeita fafÁ rosado querem a cabeça do presidente da Câmara Municipal de Mossoró (CMM), vereador JÚnior Escóssia (DEM). Assunto deve voltar a ser debatido na casa, na sessão de hoje.






Bruno Barreto





Um grupo de vereadores aconselhou o presidente da Câmara Municipal de Mossoró, Júnior Escóssia (DEM), a renunciar ao comando da mesa diretora. A orientação foi dada na semana passada em reunião com a presença de todos os edis.A vereadora Izabel Montenegro (PMDB) disse que a situação da Câmara Municipal está insustentável, desde que começaram as investigações do Ministério Público sobre possíveis irregularidades na casa que resultaram na "Operação Sal Grosso". "A gente sabe dos grandes que existem na Câmara. Já falei isso várias vezes", declarou.A peemedebista disse que o afastamento de Júnior do cargo seria uma forma de dar uma satisfação à sociedade sobre as suspeitas de irregularidades. "Queremos trazer a transparência de volta ao Legislativo. Precisamos mostrar as vísceras da Câmara e com isso dar uma satisfação à sociedade", declarou.A parlamentar informou que em caso de renúncia de Júnior, o democrata deveria ser acompanhado por toda a mesa diretora. "Assim faríamos uma nova eleição e escolheríamos o próximo presidente que seria eleito com o compromisso de agir em comum acordo com o Ministério Público colaborando com as investigações e dando transparência à Câmara", frisou.Apesar de ser colocada como uma líder do movimento a vereadora fez questão de deixar claro que não se trata de um problema pessoal com o presidente da Câmara. "Não tenho nada contra ele, mas essa é uma única solução para mostrar boa fé do Legislativo", disse a vereadora que admitiu que essa é uma solução tardia.A vereadora informou que caso Júnior Escóssia não se pronuncie sobre esse assunto hoje, ela fará um pronunciamento. "Nesse caso serei obrigada a levar isso à tribuna", acrescentou.Procurado por O Mossoroense para comentar essa situação, Júnior Escóssia falou que ainda vai estudar o caso e garante que não vai se pronunciar hoje. "Toda a vida foi assim. Não nasci vereador, nem presidente da Câmara. Num momento como esse de eleição é assim mesmo todo mundo quer se fortalecer para se reeleger. Não é o meu caso, porque não sou candidato este ano. Vou estudar esse caso, oficialmente não tenho posição formada", concluiu.
ARTICULAÇÕESSegundo especulações dos bastidores da Câmara Municipal, o responsável pelas articulações para afastar Júnior Escóssia do comando do Legislativo mossoroense seria o vereador Renato Fernandes (PR).

Naomi Campbell não consegue doar sangue no Rio



da Folha Online


A top model Naomi Campbell, 37, não conseguiu doar sangue no HemoRio (Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti), nesta terça-feira (15). Ela chegou ao local às 11h de hoje, vestindo a camisa da campanha contra a dengue, acompanhada da assessora, dois seguranças e do jornalista Bruno Astuto.

Naomi tentou doar sangue no HemoRio, mas foi reprovada
Naomi contou seu objetivo: doar sangue para ajudar no tratamento de pessoas que estão com dengue, epidemia que assola a capital fluminense. "Soube da dengue quando estava em Londres e vi na televisão. Fiquei comovida e quis ajudar", declarou.


A modelo disse ainda que tem uma relação especial com o Rio. "Estou muito feliz de estar no Rio, a cidade que eu amo e a primeira que conheci no Brasil."


Mesmo com tanta boa-vontade, a top não obteve êxito em seu intento. Após ser entrevistada pela médica Esther Lopes, a modelo foi proibida de doar seu sangue.
A médica a proibiu do procedimento, porque Naomi fez cirurgia em fevereiro deste ano, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para a retirada de um cisto no ovário. A assessoria do HemoRio informou que, em casos assim, a pessoa só pode doar sangue após seis meses do procedimento cirúrgico.


Mesmo sem doar, Naomi declarou que apóia o combate à dengue e que está muito preocupada com a situação no Rio. Ela até explicou como é o mosquito a ser combatido. "Ele é preto com listrinha branca", falou.

Jornalista Roberto Cabrini é preso em São Paulo



da Folha Online


O jornalista Roberto Cabrini, recém-contratado pela Record, foi preso nesta terça-feira em São Paulo e levado ao 100º Distrito Policial, no Jardim Herculano, região de Santo Amaro (zona sul).
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou a prisão, mas não detalhou o motivo, pois o boletim de ocorrência ainda não estava pronto.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Record informou que já enviou advogados ao local. Segundo a emissora, Cabrini fazia uma matéria investigativa sobre tráfico de drogas. Além do jornalista, toda a equipe que estava com ele foi presa.
A primeira informação apurada pela Folha Online é que o jornalista teria sido preso com papelotes de cocaína.

Sem-terra invadem Secretaria de Tributação



MST ocupa secretaria municipal de tributação

PRISCILLA DUTRA

Adriana Morais


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) "Brasil Novo" acampou na manhã de ontem no pátio da sede da Secretaria de Tributação da prefeitura de Mossoró, Centro. Cerca de pouco mais de 150 pessoas participaram da mobilização. O objetivo era conseguir uma audiência com a prefeita Fáfa Rosado.
Membros do MST que estavam no evento se recusam a falar com a imprensa. Para eles, a mídia não está apoiando as reivindicações deles. A única pessoa autorizada a falar pelo grupo é Damião Israel, 34, que se diz representante das famílias.
Segundo o representante, a mobilização tem a finalidade de conseguir uma reunião com a prefeita para cobrar assistência aos assentados e acampados no Carajás II (antiga Fazenda Maisa). De acordo com Damião Israel, há mais de um mês a prefeita prometeu dar uma maior assistência ao MST, mas até o momento não apresentou qualquer serviço.
"Nós iremos pressionar a prefeita até ela nos receber. Até hoje nunca conseguimos nos reunir diretamente com ela. Sempre quem fala com a gente é um secretário. Não queremos mais intermediário, todos eles só fazem prometer e logo esquecem o que nos disseram, a gente tenta falar com ele, mas nem nos receber nas secretarias para explicar porque não estão cumprindo as promessas recebem", disse.
Damião Israel relata que entre as principais reivindicações do Movimento estão serviço de água regular, criação de creches e aumento do número de escolas de três para no mínimo quatro, oferta de iluminação pública e equipamentos como tratores para contribuir com agrovilas.
Outros problemas apontados pelo representante é que com as chuvas famílias perderam plantações inteiras e muitas pessoas estão doentes, doenças típicas do período chuvoso como virose e dengue, sem assistência médica, vez que no Carajás II não há qualquer órgão municipal que atenda aos moradores.
"Tem gente passando todo tipo de necessidade no Carajás. Somos mais de 1,4 mil famílias assentadas e 600 acampadas sem receber qualquer assistência nem mesmo para as que estão doentes. Isso não pode continuar assim. Queremos e devemos ser respeitados como gente", afirma.
Apesar do Grupo Tático de Combate (GTC) do 2º Batalhão de Polícia Militar ter sido acionado, não houve confronto com os sem-terra. Sem a perspectiva de serem atendidos, os manifestantes trouxeram para o "acampamento" malas com roupas, comida e utensílios de cozinha.
Manifestantes retornam aos assentamentos sem qualquer posição concreta da Prefeitura
Após ser informados que não poderiam ser recebidos pela prefeita Fafá Rosado, os manifestantes aceitaram ser atendidos por seus representantes. Desse modo, no início da tarde de ontem, oito representantes do movimento se reuniram com o chefe do gabinete da prefeitura, Gustavo Rosado, com o intuito de debater as reivindicações dos sem-terra, apresentadas na última reunião.
Gustavo Rosado informou que a prefeita Fafá Rosado estudou as reivindicações feitas pelos assentados e irá apresentar sua posição num próximo encontro com os manifestantes. O secretário adiantou que da lista algumas solicitações não serão atendidas no momento.
O secretário afirmou que a resposta aos pedidos feitos pelos representantes dos integrantes do MST não foi dada antes devido aos problemas com as chuvas, mas garantiu que em até quinze dias haverá uma reunião onde a prefeita irá dizer o que vai ser feito pelos assentados e quando iniciarão as obras.
"Essa reunião já deveria ter acontecido, no entanto, devido aos problemas que o município está enfrentando por causa das chuvas, o adiamos. Na próxima reunião diremos o que será possível fazer para atender às solicitações feitas para os assentamentos, mas não podemos fazer tudo de uma vez, devido às limitações de recursos. Com os estragos causados pelas chuvas, gastamos com despesas que não estavam previstas e neste momento a prioridade é atender aos desabrigados e combater o foco da dengue", afirma o chefe do gabinete.
Após a reunião, a prefeitura disponibilizou quentinha para os manifestantes e um ônibus para levá-los de volta aos assentamentos. De acordo com Damião Israel, a reunião não atendeu às expectativas. "A gente se sente discriminado pela prefeita, que nunca nos recebe. Espero que na próxima reunião não fique de novo só nas promessas. Vamos dar mais um voto de confiança, mas se não tivermos nenhuma resposta concreta, faremos uma manifestação maior, com mais pessoas", afirma.
Saiba mais sobre o Movimento Sem-terra (MST):
O Movimento Sem-Terra (MST) surgiu no país a partir da necessidade de promoção da reforma agrária (distribuição de terras de forma justa). Tendo como lema pessoas que não possuem terras para plantio organizaram um movimento de protesto contra a centralização de terras nas mãos de poucos.
Como forma de reivindicação e de fazer valer a reforma agrária, o MST ocupa os latifúndios e se mobilizam em massa, sendo que ao longo dos anos abrangeu de outras lutas sociais em busca dos direitos humanos. Em outras palavras, O MST traduz o direito do homem de ter seu espaço para morar e retirar o sustento evidenciando a ocupação improdutiva de terras.
Atualmente o movimento conta com cerca de 400 associações de produção, comercialização e serviços; 49 Cooperativas de Produção Agropecuária (CPA), com 2.299 famílias associadas; 32 Cooperativas de Prestação de Serviços com 11.174 sócios diretos; duas Cooperativas Regionais de Comercialização e três Cooperativas de Crédito com 6.521 associados. As conquistas atingiram proporções internacionais no dia 17 de abril de 2002, quando foi criado o Dia Internacional de Luta Camponesa.
Um ponto discutido com relação ao Movimento é que há pessoas que se infiltram nele com a intenção de enganar o poder público e os próprios manifestantes para obterem "terras".

sábado, 12 de abril de 2008

S.O.S. Chuvas doa aproximadamente Quatro mil peças de roupas a desabrigados




A campanha S.O.S. Chuvas apresenta os primeiros resultados da arrecadação de donativos em prol dos desabrigados pelas enchentes. No final da tarde de ontem, voluntários doaram aproximadamente quatro mil peças de roupas, sapatos, sandálias, lençóis e colchões a famílias alojadas nos abrigos improvisados dos colégios Celina Guimarães, Antônio Carlos e Pereira Lima. Cerca de 200 famílias foram atendidas.
"É gratificante participar de um movimento de responsabilidade social como este. O pessoal atendeu nosso chamado e o resultado está aí. A gente fica feliz em colaborar porque a imprensa tem não só o papel de informar, mas de conclamar a população para ajudar a quem precisa", disse o diretor de jornalismo da rádio Difusora, Emerson Linhares.
Estão envolvidas também na campanha as rádios 105 FM e Rural AM. A arrecadação de alimentos já chega a dez toneladas. Contribuíram para este montante, além da população, as empresas Lojão do Papai, o Hiper Queiroz, Moinho Santa Clara, Usibras, Gefisal, Forte Gema, Aficel, Madeireira Planalto e Prest Perfurações.
"Estamos muito felizes com o resultado dessa campanha e não paramos por aqui. Continuamos a convocar a população a fazer doações porque essas pessoas não sabem quando vão voltar pra casa. Como os abrigos estão abastecidos de alimentos pelo governo, continuamos a coleta e estamos programando as doações para quando as enchentes cessarem. Essas pessoas vão precisar desse alimento quando voltarem pra casa", conta Lahyre Neto, diretor da Rede Resistência e um dos idealizadores da campanha.
Além do jornal O Mossoroense e da rádio FM 93, que compõem a Rede Resistência, a campanha está aberta a todas as instituições que possam e queiram ajudar. Podem ser parceiros empresários, entidades de classe, ONGs e qualquer cidadão que queira contribuir, inclusive os demais meios de comunicação da cidade que desejem se engajar neste ato.
O Rotary Clube de Mossoró, a Fundação Vingt Rosado e a SS Construtora foram os primeiros a fechar parceria. Os donativos podem ser entregues na recepção do jornal O Mossoroense, na travessa O Mossoroense, 42, Centro. Não são aceitas doações em dinheiro.
Alerta da defesa civil para que as pessoas não voltem para as áreas de risco continua
Ás águas do rio Mossoró estão num ritual de sobe e desce que não dá para prever o que vai acontecer, o que se pode fazer é prevenir. Devido à diminuição do volume das águas, algumas pessoas estão deixando os abrigos e voltando para suas casas.
Mas não é o que recomenda a gerente de Desenvolvimento Social e coordenadora do Conselho de Defesa Civil de Mossoró, Fátima Moreira. "Ninguém deve voltar para suas casas ainda, só quando as áreas onde ocorreram as inundações estiverem fora de risco", alerta.
A previsão da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte é de muita chuva até o dia 15. Perspectiva confirmada pelo professor de Climatologia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), José Espínola. "Estamos em pleno período chuvoso e março e abril são os meses que mais chovem em Mossoró", diz.
Segundo o professor, até quarta-feira havia chovido 117 mm este mês em Mossoró e 502 mm durante os primeiros meses de 2008. "Geralmente quando chove muito em março (320 mm), em abril a média diminui um pouco. Mas não se sabe se as chuvas que ainda estão por vir serão da mesma intensidade que em março".
Nos últimos anos a média de precipitações em março foi de 170 mm e em abril de 160 mm. Conforme José Espínola, só neste ano já choveu na cidade 30% acima da média.
E vale lembrar que mesmo que chova pouco em Mossoró, se chover nas cidades que deságuam no rio, como no leito do manancial, nas proximidades do município de Luís Gomes (Alto Oeste) o problema de alagamento poderá continuar. . "Qualquer chuva com maior densidade chega por aqui", diz Fátima Moreira.
A coordenadora da Defesa Civil faz ainda um apelo pedindo que as famílias tenham cautela e paciência. "As casas estão com muita lama e sujas e precisamos também fazer um mutirão de limpeza para a saúde com varredura das áreas para evitar doenças. Na hora de retornar, a Defesa fará todo o trabalho de volta com os móveis para as casas", completa.
O volume das águas do rio Mossoró chegou a 2 metros e 40 centímetros acima do normal no início desta semana. Ontem, a medição ao meio-dia revelou uma baixa em relação ao 1,5 m da quinta-feira, atingindo 1,35m. Porém no final da tarde, por volta das 17h, o volume já estava novamente na casa de 1,5.
A prefeitura de Mossoró está hoje com 55 locais para colocar as famílias e pessoas desabrigadas. Entre eles estão escolas municipais e estaduais e unidades de assistência social transformadas em alojamentos. Além disso, três armazéns estão recebendo os móveis das famílias e são devidamente cadastrados para devolução quando a enchente cessar.
Ao final, Fátima Moreira garante que a prefeitura fará o levantamento dos prejuízos quando as águas abaixarem e irá contribuir para os reparos. Segundo ela, até o momento nenhuma família perdeu móveis ou objetos.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

MOSQUITO DA DENGUE FECHA O FÓRUM SILVEIRA MARTINS

Priscilla Dutra

Fórum suspende atividades por causa da dengue

O Fórum Desembargador Silveira Martins suspende o expediente forense de hoje, 11 de abril. Além dele, os outros três anexos do Judiciário que funcionam no Estado também terão as atividades interrompidas. De acordo com o diretor do Fórum, Cornélio Alves, a medida foi adotada por uma questão de segurança, vez que foram encontrados mosquitos Aedes aegypti nos locais mencionados e será preciso dedetizar o prédio.
"Desde a semana passada estão sendo encontrados mosquitos da dengue no Fórum, mais especificamente nas caixas de ar-condicionado. Convidamos uma equipe do Centro de Zo-onoses para inspecionar e confirmou a nossa suspeita. Diante disso consideramos que a melhor alternativa para a segurança dos funcionários e as pessoas que se dirigem ao Fórum e anexos", disse.
O diretor informa que as audiências que estavam designadas para hoje serão remarcadas, mas ainda não há uma data específica. Os prazos processuais também serão suspensos para resguardar o direito de quem tem processo em tramitação.
De acordo com Cornélio Alves, há uma equipe de plantão hoje para atender casos de urgência como prisões e liminares. O juiz da 4ª Vara Cível, Manoel Padre Neto, é quem ficará no plantão. Já as atividades forenses serão retomadas na segunda-feira, 14 de abril, no expediente normal, das 8h às 18h.

Caros Amigos apresenta José Agripino em: A POSE DE SANTA DISFARÇA O NEOCORONEL E TODOS OS SEUS VÍCIOS...



Léo Arcoverde
OS RABOS-DE-PALHA DE UM FILHOTE DA DITADURA

O SENADOR JOSÉ AGRIPINO MAIA (DEM-RN) É APRESENTADO PELA MÍDIA GRANDE COMO UM ÍCONE DA MORAL, SEMPRE ENTREVISTADO PARA DENUNCIAR AS MAZELAS DO GOVERNO LULA E PONTIFICAR SOBRE ÉTICA POLÍTICA. SEU PASSADO, PORÉM, NÃO O ABONA.



Do meio para o fim dos anos 1970, para fazer parte do grupinho oligárquico que havia duas décadas comandava a política do Rio Grande do Norte, uma condição era suficiente e necessária: aderir à estratégia de renovação do regime autoritário, preparando-se para a transição. Isto é, a bênção dos militares era mais que bem-vinda. O industrial Osmundo Faria, dono da salina Amarra Negra e de vasto latifúndio no agreste, estava para ser anunciado sucessor do governador Cortez Pereira (1971-1975). Não tinha experiência em cargo eletivo – era suplente do senador Dinarte Mariz. Mas contava com o apadrinhamento de ninguém menos que o ministro do Exército, general Dale Coutinho, ex-chefe da repressão no Nordeste. Era, no dizer do político gaúcho Leonel Brizola, o “filhote da ditadura” da vez.
confira mais nas bancas...

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Léo Arcoverde é jornalista.


Colaborou a jornalista Raquel Souza.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Proprietário de clínica acusa prefeitura de Mossoró de embargar obra por perseguição

O acesso livre às calçadas entrou em discussão ontem à tarde quando um dos proprietários da Associação Médica de Mossoró (SOMOS), Armando Duarte, denunciou ao jornal que a prefeitura mandou derrubar os pilares que estão sendo construídos para ornamentar a fachada do prédio, na avenida Rio Branco, sem ordem judicial.

Funcionários da prefeitura estavam destruindo o canteiro do prédio da Unimed, vizinho a SOMOS, construído em cima da calçada e o próximo seria a da SOMOS. Armando Duarte diz que acredita estar sendo perseguido desde 2004, quando era auditor do SUS e divulgou um relatório sobre o sistema, indicando desvio de dinheiro que envolveu nomes da atual administração municipal, o que ficou conhecido como a “Máfia dos Homens de Branco”. Ele conta que recebeu o documento de embargo da obra, mas questiona por que as construções dos prédios vizinhos, que também dificultam o acesso às calçadas, não são retiradas. "Quero saber por que só minha obra. Acredito que seja represália. Essa ordem partiu verbalmente, não há nenhuma ordem judicial para a retirada", conta.
Ossivaldo Junior

Procurado pelo O Mossoroense, o gerente do Desenvolvimento Urbanístico,Ossivaldo Júnior, se defende argumentando que houve um acordo prévio com Armando para retirada dos pilares e que ele agora está querendo polemizar por nada.

"A gente adula o povo para não ter problema. Tive uma deferência especial com ele. Eu fui lá conversar, levei um arquiteto e um engenheiro e ele concordou que estava errado. Disse que retiraria os pilares da calçada se removêssemos também os da Unimed, o que foi feito. Foi um acordo verbal e nós não precisamos de ordem judicial porque através do embargo foi dado o tempo para ele retirar. Ele não cumpriu o acordo que fizemos", disse.

Perguntado por que as obras das demais calçadas além da Unimed não são removidas, já que infringem o Plano Diretor de 2006, onde a lei de acessibilidade garante o acesso livre às calçadas, o gerente respondeu que "o problema das outras calçadas é nosso e dos outros proprietários, Armando não tem nada a ver com isso. Ele quer polemizar, mas isso não existe. A gente vai resolver a situação de cada um individualmente", finaliza.


Pilares da fachada da polêmica


FOTOS: Luciano Lellys

Emparn prevê chuvas fortes entre os dias 10 e 15 deste mês

Williams Vicente
Fotos: Habner Weiner

bacia do centro do rio Mossoró

Dois fenômenos naturais podem explicar a ocorrência das chuvas intensas e são base para as previsões de que entre os dias 10 e 15 deste mês, as chuvas podem voltar a castigar a região.
O “La Niña” representa um fenômeno oceânico-atmosférico que se caracteriza por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical, o que pode provocar mais chuvas por aqui. A outra explicação está no dipolo do oceano Atlântico. De acordo com dados do Ceptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) e prognóstico elaborado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), com o monitoramento de vários parâmetros meteorológicos, principalmente das temperaturas da superfície do mar, observou-se que nas últimas semanas as águas do Oceano Atlântico Norte estão mais frias e na faixa mais próxima ao litoral do Estado há um aquecimento superior a 1,5º C. Esse choque continuará trazendo instabilidade tropical e poderá se transformar em mais chuvas este mês.


Paredões


O presidente da Emparn, Henrique Santana, diz que o Rio Grande do Norte deve ficar em estado de alerta máximo para meados desta semana. Segundo ele, o sol que apareceu ontem na região é passageiro. "92% do Estado é formado pelo semi-árido, o que significa irregularidade climática. Não podemos ter certeza absoluta do que vai acontecer, mas as chances de muita chuva são fortes", alerta.
l
Pantanal

De acordo com o monitoramento pluviométrico realizado pela Emparn, durante todo mês de março até o dia 5 de abril, as chuvas ocorridas superaram as previsões. Em boa parte dos municípios da região Oeste e Central, os valores passaram dos 500 mm. Henrique Santana, no entanto, explica, que dada à irregularidade climática do semi-árido, não é possível ter certeza da média. Na capital, as chuvas podem atingir 1000 mm e em Mossoró 700 mm, explica.
O que se sabe é que no mês de abril haverá muita chuva ainda e que se as previsões se confirmarem, este inverno vai ultrapassar os 1.500 mm médios de 1974, o maior já registrado pelo Rio Grande do Norte.
Ilha

Henrique Santana adianta que a Defesa Civil do Estado já tem conhecimento das previsões e está preparada para situações de emergência. Ele conta ainda que a Emparn está monitorando as tempestades na Paraíba. De lá, vem parte da água que inunda as bacias do Vale do Açu e do Apodi, responsável também pela cheia do rio Mossoró.
Rua Jerônimo Rosado, centro