sexta-feira, 29 de junho de 2007
Bjork - Os vulcões estão de Volta
Cotação: C
Bjork
Volta
Audio CD (May 8, 2007)Original Release Date: May 8, 2007
Wea
Faixas
1. Earth Intruders 2. Wanderlust 3. The Dull Flame Of Desire 4. Innocence 5. I See Who You Are 6. Vertebrae By Vertebrae 7. Pneumonia 8. Hope 9. Declare Independence 10. My Juvenile
Apesar de adoradora de Elis e Milton Nascimento, talves Bjork nao saiba da pertinência do título do novo disco Volta, aqui para o nosso rico portugues. Ela está de volta sim. Depois da fase unheimlich de Vespertine e Medula (se é que o trabalho dela não seja realmente unheimlich na essencia), a deusa dos sons vulcânicos e imcompreensíveis resolveu retomar a veia mais pesada de suas viagens extraterrestres.
Parte da crítica se posiciona cansada do excesso de esquisitices de Bjork e especula se Volta nao será mais do mesmo. Em parte! É natural que todo artista a certa altura da carreira reúna e reafirme sua alma atraves de um album/obra sintetizador. Volta resgata o poder e agressividade da sonoridade que se arrastava entre Debut, POst e Homogenic.
Comparações serão inevitáveis, porém, dada a complexidade de digestao do som, será tarefa muito pessoal, especialmente para os fãs. Em "Homogenic" (1997), o disco começava com "Hunter", uma marcha eletrônica, caçadora e cheia de ameaças. Em Volta, a primeira música é "Earth Intruders", também uma marcha onde as ameaças somos nós mesmos, os "invasores da Terra". Em "Declare Independence" guitarra e atitude indie/punk/grunge não lembrariam "pluto" de Homegenic? Para a modernidade, traduza-se Peaches e Cansei de Ser Sexy!. Só para citar dois exemplos. Björk sabe o que faz e não renega o passado, renova-o e recicla-o. Estruturas eletronicas de video game, melancolia e metal estao presentes no album.
Como toda obra da cantora mudanças de ambientes sonoros acontecem faixa a faixa e imediatismo é palavra descartada. A primeira vista Volta não parece poderoso como a trilogia/obras-primas Debut, POst e Homogenic. Ao menos dá o recado que o que ela quer, o raciocínio com ou sem tato que ela tiver, ela pode trasformar em som. Volta vai colocar seu ouvido para pensar. E que venham mais avalanches de neve da Islandia daqui para frente.
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Madonna - O fino do pop. No auge e insubstituível
Madonna
Music
Setembro de 2000
Warner
Faixas:
1. Music
2. Impressive Instant
3. Runaway Lover
4. I Deserve It
5. Amazing
6. Nobody's Perfect
7. Don't Tell Me
8. What It Feels Like For A Girl
9. Paradise (Not For Me)
10. Gone
Há muito não se vê e ouve algo tão fino no mundo da música pop. Madonna e Music chegaram para impor um novo conceito de se fazer música. Primeiro com o lançamento inesperado do álbum na internet via Napster. Depois pelo uso abundante de recursos eletrônicos. O que antes era restrito com Madonna ganhou o mundo e para influenciar o mundo.
Em "Ray of Light", o álbum anterior, Madonna propôs inovações, produziu com William Orbit um disco excelente, pop e obscuro, denso e soturno, o casamento da cantora com a eletrônica. O mérito maior do álbum, alías, é a audácia do experimentalismo bem sucedido.
Entretanto, Music vai alem de ser histórico para a cantora. Ele é marco para a indústria do pop. A diva disse adeus ao deslumbramento com a maternidade e resolveu resgatar sua essência. Aqui está sintetizado todo poder e talento da americana mais global do planeta. Melodias perfeitas e sensualidade a flor da pele, e sem excessos, reativam a veia da cantora que se ouvia em Like a Prayer, Erotica e outros diamantes dos anos 80. Music é Madonna efervescente, inebriante, vaca chic.
As influências vão de Air a Daft Punk. A maior parte do trabalho ficou por conta do Dj francês Mirwais Ahmadzai que trouxe o minimalismo ate a obra. Com ele Madonna gravou "Music" a melhor faixa. É funk. Uma festa profana. Hit do quilate de "into the groove", "everybody", "like a virgin" e afins.
Em seguida, "Impressive instant", também de Mirwais, é psicodelia pura.
"Runaway lover" tem produçao evidente de William Orbit. É house/trance de primeira.
Ainda de William, "Amazing" é parente de "Beautiful stranger". Para entender bastar ouvir "Beautiful..." pouco mais acelerada.
As outras faixas sao baladas ou meias-baladas. Vocais distintos e arranjos perfeitos valorizam as melodias irresistivéis e simples. Detalhe: à excessão de "Gone", Madonna usa vocoder (recurso que robotiza a voz) em todas as faixas. O vocoder atinge o clímax em "Perfect" e "Paradise", esta a balada mais fina e francesa que Madonna já gravou. Além disso, há a ifluência do folk/country em irretocavéis faixas como "Don´t tell me"
Music surgiu para autorizar a entrada da eletrônica no pop, e além dele. Para dizer quem manda e quem melhor faz música nesse ramo e para fazer o mundo afora assumir as influências da Madonna na música e na vida.
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Garbage - sindrome do segundo disco?
Cotação: C
Garbage
Version 2.0
1998
BMG
Faixas:
1. Temptation Waits 2. I Think I'm Paranoid 3. When I Grow Up 4. Medication 5. Special 6. Hammering In My Head
7. Push It 8. The Trick Is To Keep Breathing 9. Dumb 10. Sleep Together 11. Wicked Ways 12. You Look So Fine
Version 2.0 é o segundo e também bem sucedido album do Garbage. E passa longe longe da síndrome do segundo disco, pelo menos comercialmente. Mas o primeiro album é muito superior a esta versao do lixo da banda. O rock que soa eletronico, ora pesado, ora em deliciosas é comandado pela voz provocante da andrógina, porém sexy, Shirley Manson.
Prova de que o Garbage está na lista das melhores das surgidas na década de 90 sao as faixas "Temptation waits", as enlouquecidas "I think i'm paranoid", "Push it" e "Special".
As baladas "Medication" e "You look so fine" combinam com a depressiva voz de Shirley, ideais para embalar romances conturbados.
Zélia Duncan - códigos, ósculos e amplexos
Cotação: B
Zélia Duncan
Acesso
1998
Warner
Faixas:
1. Codigo De Acceso
2. Verbos Sujeitos
3. Depois Do Perigo
4. Haja
5. Sexo
6. Imorais
7. Toda Vez
8. O Lado Bom]
9. Quase Sem Querer
10. As Vezes Nunca
11. Por Hoje E So
A voz grave continua cada vez melhor. Os arranjos inconfundíveis do banjo e do bandolim que a consagraram estão bem empregados em "Toda vez". A parceria com Christiaan Oyens rendeu o melhor disco, ou o mais maduro, de Zélia até entao.
Com letras de tom confessionais, Zélia abre o cd com a engenhosa "Código de acesso" e injeta peso em "verbos sujeitos". Moderna, ela abusa da eletrônica em "sexo", onde usa pitadas de drum'n'bass, protesta na reflexiva e uma das melhores "Imorais", faz um cover acústico para "Quase sem querer" da Legião Urbana e fecha o disco com a apaixonada "POr hoje é só".
terça-feira, 19 de junho de 2007
No Doubt - da terra das laranjas
No Doubt
Tragic Kingdom
outubro de 1995
Interscope Records
faixas:
1. Spiderwebs 2. Excuse Me Mr. 3. Just A Girl 4. Happy Now? 5. Different People 6. Hey You 7. The Climb 8. Sixteen 9. Sunday Morning 10. Don't Speak 11. You Can Do It 12. World Go 'Round 13. End It On This 14. Tragic Kingdom
O grupo californiano NO DOubt liderado por Gwen Stefani já havia lançado outros dois discos sem sucesso nos Estados Unidos, até estourar com a imbatível balada "Don't Speak" que liderou as paradas mundiais.
Ao som da mistura de rock-pop-ska, Gwen Stefani produziu uma febre de wannabes que lhe mereceu capa na mais importante publicação de música dos EUA, a ROlling Stone, e comparações a Madonna.
Os hits: as mais pesadas "Excuse Me Mr" e "Just a girl", "world go' round", "End it on this", além das saltitantes "Happy now?" e "Different people".
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Gal Costa - POP
1. Imunizacao Racional (Que Beleza) 2. A Voz Do Tambor 3. Aquele Frevo Axe 4. Esquadros 5. Assum Branco 6. Amor De Juventud 7. Aguarte Agora 8. Qui Nem Gilo 9. Voce 10. Voce Nao Gosta De Mim 11. Habib 12. Quase Um Segundo 13. Calling You 14. Sertao