sexta-feira, 27 de abril de 2007

Pato Fu - Para Björk ver

Cotação: A
Isopor
Lançado: 8 Ago 2000
11 faixas
Gravadora: BMG



Há duvida se a música eletronica em portugues funciona? ISOPOR, quinto e melhor álbum do PaTo Fu, é a prova de que a música nacional pode mixa-se ao mundo globalizado sem perder a qualidade: vide Lenine, Otto e Lobão. Com influencia de Trip hop em "isopor" e drum'bass na balada perfeita "um ponTo oito", este disco lança o Pato Fu ao posto das melhores bandas do pop rock nacional e por que nao intErnacional. Esqueça o hit "Depois" e descubra a retrô "Imperfeito", a faixa em japonês "Made in Japan" e a feminisTa "O filho predileto de Rajneesh". Agora vá além das músicas e perceba as influencias de Bjork nos vocais de Fernanda Takai. A voz está cada vez mais agradável e competEntE. Nada disso, entretanTo, significa que o Pato Fu tenha perdido identidade. Boas influencias, nesse caso, só contribuíram para a qualidade do disco.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

No Doubt - Salvos pelo visual

Cotação: C
No Doubt
Return Of Saturn
2000
Universal
O No Doubt recrutou o produtor Glen Ballard responsável pelo sucesso de Jagged Little Pill de Alanis Morissette, mas somente conseguiu gravar um disco mediano que se perde no experimentalismo do ska com sutilezas eletrônicas.

Apenas tres musicas seguram a peteca e lembram o No Doubt de Tragic kingdom: "Ex- girlfriend" rendeu um excelente e premiado clip fashion, "New" composta para o filme Vamos Nessa , inspirado numa rave e, por isso, a única de potencial igualável a "Just a Girl" e "Spiderwebs" do álbum anterior, além da meia balada "Home Now".

O que faz do No Doubt uma das grandes bandas americanas do showbusiness e impede Return Of Saturn de ser implodido é que Gwen Stefani encarna os ares de mega estrela hollywoodiana e é irresistível. (maio 2002)

Roxette - Banda continua representado bem o pop sueco


C-
Roxette
Room Service, 2001
EMI

Lembra daquele mega sucesso "Spending my time" do início da década de 1990? Eram baladas matadoras e que continuam o cerne da música do Roxette. A voz que caiu coomo uma luva para as baladas de Marie Fredrikson e a guitarra de Per Gessle continum as mesmas.

A dupla que vem de um disco fraco - Have a Nice Day, de 1999- retoma a veia pop extremamente comercial ( lêia-se descartável) e produz um álbum que investe em músicas dance e abandona a predominância das baladas ( o que nao quer dizer que discos como Joyride de 1991, e Crash! Boom!Bang! de 1994, não sejam clássicos do pop comercial).

As baladas são as melhores, em "milk and toast and honey", "My world, my love, my life" e na meio brega mas bonitinha " Little girl". (maio de 2002)

Michael Jackson - O rei quaseperde a majestade


Cotação: C-
Michael jackson
Invincible
15 faixas
Gravadora: Sony




A revista MTV, número oito, outubro de 2001, publicou o seguinte texto sobre Michael Jackson: “Michael deveria seguir algumas receitas de Madonna. Já que a indústria é cruel e qualquer um, estrela ou não, pode cair nas graças ou dar de cara com a parede, bastando para isso um disco ruim, uma declaração atravessada, ou uma atitude equivocada. Madonna dança conforme a música. E como dança. Poucos sabem lidar tão bem com esse deus de duas caras que exige sacrifícios em troca de longevidade. Madonna, eterna, é sua maior sacerdotisa. Na casa dos 40. como Jackson, ela sempre reaparece mais estilosa, sedutora, visual e musicalmente atualizada que no disco anterior... a loira ambiciosa continua sendo o Maximo depois de quase 20 anos de carreira...apesar de ‘You Rock my World’ significar para Michael o que ‘Music’ , o primeiro e homônimo single do mais recente disco de Madonna (N.do E. nesse caso, à época desse texto, Music era o ultimo álbum, depois dele, a diva já lançou uma coletânea e American Life), significou para ela: retomada de som e atitude – reposicionamento mercadológico diriam os especialistas em marketing- através de batidas e arranjos que soam novos”.. E o fato é que “You Rock my World” não causa o mesmo impacto que “Music”. Apenas indica a investida de Michael na música de sua raiz, algo que Janet, sua irmã, faz há tempo e muito bem. Contudo, apesar do primeiro single não se revelar tão potente assim, servfe de referência para as outras 15 faixas de INVINCIBLE. R&B, levadas de hip hop, enfim, música negra produzida por conceituados artistas da musica negra americana atual.


Extravagante e excêntrico como sempre, Michael gastou 30 milhões de dólares para gravar o álbum decisivo de sua carreira. Ou INVINCIBLE convence ou Michael se recolhe para sempre em seu rancho. Este é o ultimato da imprensa mundial. Arrojado, porém frio, o disco se mostra atualizado, carrega levadas eletrônicas bem sacadas e boas baladas. O jeito único de cantar e os manejos com a voz continuam presentes, mas com menos intensidade. O que é ponto positivo, ou seja, deixando de lado a predominância dos gemidos e grunhidos, a voz do cantor se sobressai. Além disso, o álbum mesmo não sendo uma obra prima é muito superior ao fraco HISTORY(95) e o mediano BLLOD ON THE DANCE FLOOR(97). Numa década em que Michael beirou o ostracismo musical e só aparecia pelos escândalos, INVINCIBLE tem a possibilidade de devolve-lo ao olimpo da musica. Michael ainda convalesce mas se recupera bem. resenha de janeiro de 2002, revista MUSIC(projeto de conclusão de curso)

kid Abelha - Surf na média

Cotação: C
Kid abelha
Surf
Lançado: 18 Mai 2001
11 faixas

Paula Toller continua linda, sexy, com a voz pequena e muito agradável. As letras falam do amor com aquele jeito malicioso inconfundível que Paula Toller tem pra escrever. As melodias também soam como em todos os discos. E, principalemnte, a capaciade que a banda tem para produzir pop bem feito nao se perde. Breve, SURF foi feito para ser ouvido na praia com as músicas "Eu contra a noite", " 3 garotas na calçada" e "Ressaca" e, claro, para curtir a dor-de-cotovelo em "O rei do salão" "Gávea-porto", "Pelas ruas da cidade" e "Eu não esqueço nada". O problema de SURF é que em faixas como "10 minutos", o Kid soa bobo e isso faz com que ao terminar de ouvir o cd, voce sinta falta dos antigos hits. Em suma, SURF não sacia e é inexperessivo. resenha de janeiro de 2002, revista MUSIC(projeto de conclusão de curso)

Zelia Duncan - Balaio de Ritmos

Cotação: C
Zélia Duncan
Sortimento
2001
Universal Music

O quinto cd de Zélia Duncan é um balaio de apostas sonoras que justificam o nome do álbum e consolidam a carreira sua carreira, revelando talento e ousadia por se arriscar compor um disco de ritmos diversificados sem perder a unidaded e a identidade.

Sortimento é rock, pop, funk, eletronica, Led Zepplin, Lenine. A marca registrada fica por conta da voz grave e cada vez mais afiada, além das letras convictas. Em "Desconforto", parceria com Rita Lee, Zélia ataca a hipocrisia do mundo: "Chama a polícia por causa de um cigarro/ enquanto tira um sarro/ com a afilha do melhor amigo". Já "Beleza Fácil" tarta da superficilidade das pessoas.
Além disso, o cd traz "Alma", a balada "Hóspede do tempo" e dois bônus: "Partir, andar", duo com Hebert Vianna e "Eu Vou Estar", do acústico Capital Inicial.

Jennifer Lopez - Latinos comprometidos


Cotação: E
Jennifer Lopez
J.LO
2001
Sony



A onda latina que rende milhões nos EUA já pertenceu a Selena, Glória Stefani, Rick Martin. Com Jannifer, a música descendente da América Central nunca esteve tao mal representada.
Filha de porto-riquenhos, a americana Jennifer se deu bem com o primeiro disco, mas conseguiu gravar dessa vez


dezoito musicas baseadas no R&B, house, ritmos latinos e levadas eletrônicas, num álbum péssimo que associa música pop à venda de imagem. Jennifer aposta em batidas à la Rick Martin, inspira-se em Prince para uma das poucas suportáveis faixas "Play" e, em Michael Jackson na quebrada "Dance with me".


J.LO é um cd longo, traz dispensáveis versões em espanhol. A voz da cantora se assemelha aos agudos das dublês de cantora de forró, nunca se sobrepõe aos beats. (maio 2002)

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Prodigy - Discoteca básica das pistas dos anos 1990

Cotação: A
Prodigy
The Fat Of The Land
1997
Maverick/Warner


1997 parece mesmo ter sido o ano da musica eletrõnica. Björk com Homogenic, The Chemical Brothers com Dig Your Own Hole, e Prodigy com The Fat Of the Land. Este clássico e referência obrigatória para a música eletrônica.
Na verdade, o peso da banda de Liam Howlett rendeu nova denominação da música sintetizada: big beat. A grande batida é sacada logo na abertura do cd, em "Smack My Bitch Up", avassaladora e , de longe, a melhor do álbum.
Mas há outras faixas de tirar o fôlego: "Breathe", "Serial Thrilla", e "Firestarter" completam a festança. Obrigatório numa pista de dança que se preze. (maio 2002)

Lauryn Hill - Tamanho não é documento


Cotação: A
Lauryn Hill
The Miseducation of Lauryn Hill
1998

Sony






A garotinha do filme Mudança de Hábito comandou o projetado grupo de Hip Hop Fugges e se arriscou em carreira solo, tornando-se uma das melhores cantoras da década passada.

Lauryn Hill ditou moda e recebeu os principais Grammy, dentre eles o de cantora do ano.Transformou-se em ícone do hip hop americano. o sucesso foi puxado pelos hits "Doo Wop (That Thing)" que acompanha clip sensacional, "Everything is Everything" e "Ex-Factor".

Além dessas, o vozeirão da cantora embala "Lost Ones", "To Zion", "The Miseducation of Lauryn Hill" e a delicada versão para "Can`t Take My Eyes Off of You". (maio 2002)



Lauryn blasé, bela e potente.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Enfim, sós!


A Sandy (e Junior) anunciou a separação após 17 anos de carreira em entrevista coletiva em São Paulo nesta terça-feira (17/04). Os irmãos disseram que o disco "Acústico MTV", cuja gravação está marcada para o próximo mês de maio, será o último da carreira.
há um vídeo no site oficial do duo em que a separação é explicada, e por enquanto, o link do youtube neste blog.
Na entrevista que durou 45 minutos em um hotel na capital paulista, Sandy disse que "realmente esse é o momento. Isso vem sendo conversado há um bom tempo, a gente está completando 17 anos juntos e tem muita coisa para acontecer na carreira dos dois".
já nao era sem tempo. Sandy ja toca seu projeto solo, inventou de cantar jazz. é um começo, doce, linda e na dela ela é. veremos se acertará no repertório.
Junior, agora tem a chance de se assumir, quer dizer, assumir sua personalidade musical.

Boa sorte pros dois, e a musica está em festa!

Irislene Stefanelli! Isso é nome?

Todo mundo sabe que um unico paredaozinho do BBB rende milhoes a mais que o premio de 1 milhao de reais, sem falar nas cotas dos patrocinadores. Mas há quem nao esteja interessado exatamente no premio milionário. O programa aliás é prodigioso no lançamento de novas estrelas desse nosso mundinho pop. Eis IRISLENE STEFANELLI - artista já no nome nao acham nao?- em entrevista a revista veja de 4 de abril de 2007, pagina 44, seção Holofote.
"...a ex sacoleira Irislene Stefanelli, ou Iris, iniciou uma nova fase em sua vida profissional. determinada a tornar-se atriz, ela gravou uma ponta no programa zorra total, da rede globo. Em entrevista a reporter Heloisa joly, contou como foi sua estréa no meio artístico.

Veja - Como foi a experiência no set?
Iris - me concentrei muito nas instruções do diretor e me dediquei inteira. O que eu tinha que fazer ficou bem-feito. Foi um incentivo para minha própria pessoa. Agora, quero fazer novela, teatro, cinema.

veja - Voce se inspira em alguma atriz em especial?
Iris- Gostava de imitar a Vera Fischer nauqela novela Perigosas Peruas, sabe? Mas também gosto da Glória Pires e da Deborah Secco. Ah, e da Fernanda montenegro, claro.

Veja - O Zorra Total é um humoristico. Seu plano é seguir fazendo comedias?
Iris- Naso sei, me identifico com humor e com drama, Tenho que fazer uma cena de cada para ver em qual me saio melhor. Nao tenho como responder isso agora. so nao quero papel mais ou menos, sem graça, sabe? comigo é tudo ou nada.

veja- voce vai posar nua?:
iris- Por enquanto, so faço fotos sensuais. para mim, tirar a roupa é coisa séria. so tiro por 500 mil reais, mas também nao precisa ser 1 milhao...

veja- nada de voltar a ser sacoleira entao?
iris - sacoleira, nunca mais. quer dizer, nunca se sabe, né? o que é digno e honesto, eu aceito como trabalho. se nao tiver outra saída..."

reparou bem no texto? faltaram dois itens na fala de iris, ela nao disse que queria ser cantora, nem escritora. Podia ser escritora, os diálogos de estrela mexicana ela ja tem na ponta da lingua.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Madonna: Quase o melhor de uma década


Cotação: D-
Madonna
Greatest Hits Volume 2
2001
Warner

Depois de Music, principal disco na carreira de Madonna nos últimos 10 anos e responsável por consolidá-la como rainha absoluta do pop, a cantora de acomoda numa coletânea excelente, mas que passa longe de seu primeiro cd compilação The Immaculate Collection.

GHV2 reúne o melhor de Madonna de 1992 a 2000 e até músicas inesperadas como "Don´t Cry For Me Argentina" se encontram no cd. Pule esta faixa e vá direto ao que Madonna é: "Erotica", "Deeper and Deeper", "Human Nature", Beatiful stranger", "Bedtime Story" e "Music".

A Coletânea é básica para se conhecer o trabalho da mega estrela feito para as pistas de dança, como a eterna "Ray Of Light", bem como algumas de suas melhores baladas (alguém sabe fazer balada melhor do que ela?), vide "Secret", "Take a Bow", "What it Feels Like For a Girl" e "Drowned World/Substitute For Love".


Para os fãs, mais interessante do que as músicas ( eles já devem ter todos os cds e além disso GHV2 não traz nenhuma inédita) é a beleza e o luxo do encarte. São quase 600 fotos da popstar desde o início da carreira. Item indispensável de colecionador. (maio de 2002)

Madonna: soturna como nunca


Cotação: A-
Madonna
Ray Of Light
1998
Warner




Ela deu à luz não somente Lola, mas nova fase que rendeu a crítica mundial. Ray Of Light é marco na carreira de Madonna. Ao lado de William Orbit, Madonna aderiu à música eletrônica e gravou um álbum denso, pincelado pela cultura indiana e pronto para estourar nas pistas de dança.

Desse disco surgem a alucinógena e retrô "Ray Of Light", o trip hop "Drowned World/Substitute For Love", a soturna "Frozen", "Nothing Really Matters" de batidas sacolejantes. Além de "To Have and Not to Hold", influenciada pela bossa nova de Joao e Astrud Gilberto. (maio de 2002)




2007- Ray Oh Light se encaixa na categoria marco da Madonna por ter sido um trabalho ousado, arriscado, diferente de tudo que ela gravou antes. Ou seja, pesado demais para o pop anterior, especialmente anos 80. Por isso é excelente. É Madonna expondo maturidade, nao perdendo a oportunidade de vendê-la, claro. Por outro lado, tem um gostinho de falta Madonna no ar. É zen além do que ela realmente é.

Madonna: Conta historias sem tirar a roupa


Cotação: A -
Madonna
Bedtime Stories
1994
Warner



Com a voz nitidamente aperfeiçoada, Madonna recrutou um time de R&B de primeira linha. Com Nellee Hooper, Babyface, Dallas Austin e Dave "Jam" Hall, ela atacou a hipocrisia da sociedade americana na sex "Human Nature", gravou as baladas "Secret" (folk) e "Take a Bow" e fez parceria com a deusa das esquisitices Björk em "Betime Story".


Esse álbum é daqueles difíceis de serem compreendidos e de se gostar logo às primeiras audições. Entretanto, após ouvi-lo algumas vezes, ao contrário do título ( Histórias para Dormir), dormir é a unica coisa que voce não fará. (maio de 2002)



Hoje, acrescento destaque para a doce "Inside of Me", onde a recatada Madonna conversa com a mãe, além de "Don't Stop", o que restou da veia dançante neste disco, cheia de groove. Pensando bem, Bedtime, o álbum, é bom para dormir sim.