quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

PMM LANÇA PACOTE PARA EVITAR SURTO DE DENGUE



Leilane Andrade


Combate o Aedes aegypti é um dos maiores desafios para a Prefeitura de Mossoró este ano

Este ano a prefeitura de Mossoró terá um grande desafio: combater a dengue que vem acometendo principalmente crianças na sua forma mais perigosa. Até outubro do ano passado, quatro crianças tiveram dengue hemorrágico e duas pessoas morreram.
Em novembro passado, o Ministério da Saúde divulgou que o município com maior índice de infestação predial era Mossoró, com 5,6%. Esse índice, que é calculado pelo número de casas que apresentam larvas do mosquito Aedes aegypti, é considerado satisfatório quando é inferior a 1%. Os percentuais entre 1% e 3,9% mostram uma situação de alerta. E quando a infestação é superior a 3,9% há risco de surto de dengue.
Como forma de traçar metas a serem intensificadas este ano no combate ao mosquito transmissor da doença, Aedes aegypti, a prefeita Fafá Rosado lança hoje, às 10h, no Salão de Eventos do Hotel VillaOeste, um pacote de 12 medidas com ações de controle da doença.
Algumas das medidas já foram desencadeadas pela prefeitura, através da Secretaria da Cidadania com coordenação da Gerência da Saúde, como parte do Programa de Saneamento Ambiental, que vem sendo desenvolvido por etapas nos bairros.
Cerca de 95% dos focos do mosquito estão dentro das casas. Desde o início do ano, 98 agentes de endemias vêm realizando medidas de prevenção nas casas com visitas, pedágios nos locais com foco e panfletagem. Por não haver abastecimento regular de água na cidade, muitas pessoas utilizam potes, tonéis e tanques para armazenar água. O problema desse método é que os recipientes não são tampados, possibilitando assim a proliferação do mosquito.
Após a visita dos agentes, as pessoas geralmente passam 15 dias cooperando, mantendo os locais de armazenamento de água fechados, mas logo depois elas esquecem.
As novas medidas estão sendo preparadas há algum tempo, começando pelo lançamento do Programa de Saneamento Ambiental. Depois foi enviado projeto de lei à Câmara Municipal solicitando autorização para contratação de 22 agentes de controle de endemias para reforçar as ações de campo de controle da dengue e ampliar a atuação dos mesmos.
Além disso, o Departamento de Vigilância à Saúde está sendo reestruturado. O concurso público irá possibilitar a inclusão de 26 técnicos.
Saiba o que é o Programa de Saneamento Ambiental
O Programa de Saneamento Ambiental, coordenado pela Secretaria da Cidadania, representa um esforço para envolver o cidadão mossoroense no combate e controle de várias doenças. Para o secretário da Cidadania, Francisco Carlos Carvalho, dengue, calazar, verminoses, leptospirose, doença de Chagas, raiva e diversas pragas urbanas são ocasionadas por problemas de desequilíbrio ambiental.
Para combater essas doenças é imprescindível o envolvimento das pessoas. "O poder público não vai e nem está se omitindo das suas responsabilidades. Contudo, sem o envolvimento das pessoas é impossível evitar os problemas sanitários e epidemiológicos decorrentes do acúmulo de lixo dentro das residências, criação de animais e falta de cuidados com a limpeza de reservatórios de água", alerta o secretário Francisco Carlos.
Sobre a divulgação do programa, o secretário Francisco Carlos destaca: "Devemos salientar, no entanto, que a imprensa está realizando um importante trabalho nessa área, pois costumeiramente está produzindo informações sobre o assunto e abrindo espaço para que as autoridades sanitárias se comuniquem com a sociedade". O Programa de Saneamento Ambiental alcança os bairros através de um mutirão que inclui ações como recolhimento de lixo, captura e vacinação de animais domésticos e educação em saúde, entre outras atividades
MEDIDAS
- Anúncio do calendário de seleção de agentes de endemias;
- Instalação do Comitê de Mobilização Social contra dengue;
- Realização de treinamento destinado aos 150 agentes de endemias;
- Capacitação dos profissionais das Unidades de Saúde no manejo clínico dos pacientes com suspeita de dengue;
- Instalação do núcleo de educação ambiental para tratar especificamente do controle de endemias;
- Transferência do Programa de Controle de Endemias para a Gerência da Gestão Ambiental, permanecendo a gestão sobre controle da Gerência da Saúde;
- Anúncio do cronograma de realização do Programa de Saneamento Ambiental em 2008;
- Aquisição de óleo vegetal para realizar pulverização de inseticida pelos carros-fumacê;
- Aquisição de materiais e insumos básicos destinados ao controle de endemias;
- Produção de material educativo;
- Intensificar as ações de controle de focos do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue;
- Colocar os carros-fumacê nas ruas.

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