sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Dia do Ator


Eles transformam o mundo em cima do palco

Desde a Grécia do século V a.C, do ator Tespis, até o Chuva de Bala no País de Mossoró, do ator Carlos José, a vida criada no palco exerce fascínio sobre quem vê e quem faz teatro. Os atores contam histórias, criam outras, levam o público a encarar o cotidiano de outra forma mais divertida ou até dramática.

"Cada personagem é um universo novo que a gente vai descobrindo", diz a atriz Quitéria Kelly. Quando desce do prôcenio, Quitéria sabe que ao sair de cena mudou alguma coisa na fisionomia do público e na dela. "Sinto as pessoas tranformadas, com outro olhar. O palco me fez entender o poder de tranformação que o teatro tem." O ator Carlos José compartilha das mesmas reações: "Sem demagogia, o cachê a gente precisa, mas sempre que saio do palco me sinto realizado com os aplusos da pleteia, esse é o melhor pagamento. É um dever cumprido".

A arte de criar tipos é uma lâmina de muitos gumes. De um lado o trabalho, o ato profissional de atuar, e de outro a fama. " Por enquanto a fama para mim é ser reconhecido nas ruas e isso é bom, é sinal de trabalho bem feito. Ate agora não me atrapalhou em nada, e tenho pensado nessa questão para que ela não venha me atrapalhar", conta Carlos José.

Nas procissões de agradecimento que os atores faziam na Grécia antiga, os participantes bebiam vinho, cantavam, dançavam e encenavam episódios de aventura do deus Dionísio. Hoje, independente dos rituais, Carlos José diz que é preciso trabalhar muito: "É difícil para a gente viver da arte, é complicado. Por mais que a gente receba o cachê, tem que fazer outros trabalhos paralelos".

Para o padre Mota, do Chuva de Bala no País de Mossoró, apesar do glamour aparente da profissão, fazer o que se gosta é um caminho inevitável e recompensador. Está além de um texto pronto. "É muita dedicação, muito estudo. A gente não escolhe a arte, a arte é que escolhe a gente."

Nenhum comentário: